Denise fala, durante sessão plenária, sobre falta de apoio do Executivo às vítimas de violência

06/07/2016 08:49

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A vereadora Denise Max (PR) lamentou hoje (05), no Plenário da Câmara, o descaso do Executivo para com as propostas parlamentares relacionadas ao apoio às vítimas de violência doméstica na cidade.

Durante a sessão, destinada a apresentação de indicações e requerimentos, a parlamentar citou estatísticas sobre o assunto e cobrou novamente da Administração Municipal um posicionamento sobre os requerimentos de sua autoria, cujo objetivo é oferecer ajuda às vítimas de violência doméstica, que vem alcançando índices assustadores a cada ano, segundo Denise. “A agressão contra a mulher afeta não somente ela, mas toda a sua família”, argumentou.

Entre as propostas da vereadora apresentadas ao Executivo, estão a Casa Abrigo, o Comitê de Amparo e o Botão do Pânico. "Minha decepção é total com o governo municipal, porque ainda não obtive respaldo por parte da Prefeitura. Sou a única parlamentar do sexo feminino na Câmara Municipal e sozinha, sem o amparo do Município, não consigo colocar em prática mecanismos que propiciem mais segurança às mulheres vitimadas pela violência doméstica", desabafou Denise.

 

Números – No site da Campanha “Compromisso e Atitude pela Lei Maria da Penha – A lei é mais forte”, estatísticas mostram que a quantidade de relatos de violência recebida pela Central de Atendimento à Mulher – Ligue 180 entre janeiro e outubro de 2015 foi 40,33% superior aos relatos registrados no mesmo período em 2014 (44.957). Dados referentes à relação entre vítima e agressor/a podem apontar para uma mudança cultural no tocante à representação social da violência contra as mulheres. Nos primeiros 10 meses de 2015, em comparação ao mesmo período de 2014, destaca-se o aumento nos relatos de violência nas relações familiares (89,05%) e nas relações externas (vizinhos, amigos, colegas de trabalho) de 114,21%.

Nos dez primeiros meses de 2015, do total de 63.090 denúncias de violência contra a mulher, 31.432 corresponderam a denúncias de violência física (49,82%), 19.182 de violência psicológica (30,40%), 4.627 de violência moral (7,33%), 1.382 de violência patrimonial (2,19%), 3.064 de violência sexual (4,86%), 3.071 de cárcere privado (1,76%) e 332 envolvendo tráfico (0,53%).Os atendimentos registrados pelo Ligue 180 revelaram que 77,83% das vítimas possuem filhos (as) e que 80,42% desses (as) filhos(as) presenciaram ou sofreram a violência.

Dados que fazem parte de estudo da UMAR, mostram que, em 2014, 42 mulheres morreram em ambiente doméstico. Destas, 35 morreram às mãos dos atuais ou ex-maridos, companheiros ou namorados. As outras sete mulheres foram também assassinadas em ambiente doméstico, mas pelo pai, tio ou sogro, enfim, por outras pessoas que não o antigo companheiro. Em média, morreram quatro mulheres por mês no ano.  Uma por semana.

Pesquisa realizada pelo Instituto Avon, em parceria com o Data Popular (nov/2014), relata que 3 em cada 5 mulheres jovens já sofreram violência em relacionamentos.

 

 

Jorn. Karla Ramos

Estagiária Ana Rizieri

Departamento de Comunicação CMU

05/07/2016

 

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