Lerin defende bom senso na questão das sacolas
Apesar de compreenderem que a Lei 10.298, que dispõe do uso de sacolas plásticas oxi-biodegradáveis e de copos de papel nos estabelecimentos comerciais, deve ser aplicada até o dia 14 de dezembro, conforme sentenciou o prefeito Anderson Adauto, os comerciantes uberabenses estão perplexos com a chega do final de ano. Festas de Natal e Réveilon vão movimentar o comércio uberabense e a hora para mudanças não poderia ser mais complicada. A situação relatada pelo vice-presidente da Associação Mineira de Supermercados, Matusalém José Alves, coloca em “xeque” o prazo dado pelo Executivo para adequação dos estabelecimentos. Isso porque, mesmo que fizessem encomenda das sacolas que estão de acordo com a lei, o prazo para entrega extrapola o que foi determinado pelo prefeito. “A empresa fabricante nos pediu pelo menos três meses para fornecer o produto porque falta matéria-prima”, esclarece Matusalém.
Sensibilizado pela situação, o vereador Antônio dos Reis Gonçalves Lerin (PSB) tem movido ações para tentar encontrar junto aos comerciantes um meio que possa minimizar a situação que afeta, inclusive, a forma com que a população irá acondicionar produtos de limpeza e alimentos, quando forem ao supermercado. O vereador chegou a sugerir que a atual lei fosse substituída por uma que contemplasse outros tipos de sacolas ecologicamente corretas e que uma usina de lixo fosse implantada na cidade. “A implantação de uma usina de lixo seria também uma forma de diminuir o impacto das sacolas plásticas no meio ambiente”, afirma. Mas essas decisões também precisam de mais tempo para implantação.
Para o presidente da CDL, Fakher Azor Fakhouri, é preciso que a discussão seja levada aos pequenos e médios comerciantes. Algumas sugestões deverão ser apresentadas ao prefeito pelos comerciantes, mas uma coisa ficou clara em ralação à lei em vigor, ela restringe a tecnologia empregada para fabricação das sacolas e isso é temeroso, segundo Lerin. “Não adianta sacramentarmos uma única tecnologia de fabricação de sacolas para uso no comércio, porque daqui a alguns anos podem surgir alternativas mais eficientes. É preciso bom senso”, finaliza Lerin.
