Vereadores avaliam fechamento de via pública

O vereador Almir Silva (PR), atendendo pedido da diretora da Escola Municipal Uberaba, solicitou em plenário o retorno do Projeto de Lei 127/12, que recebeu pedido de vista do vereador João Gilberto Ripposati.  Trata-se de matéria que regulariza o fechamento de trecho da Praça Estevam Pucci entre a Escola Municipal Uberaba e o prédio do SESC que está ocupado via comodato.

Segundo Almir, a discussão, que está sendo feita na esfera jurídica, visto intervenção do Ministério Público a pedido de Ripposati, precisa ser definida. "A diretora me explicou que o local onde as crianças embarcavam e desembarcavam das vans, está sendo utilizado provisoriamente como refeitório, e que em breve pretende construir uma estrutura adequada para este fim. Sendo assim, ela solicitou apoio dos vereadores, no sentido de aprovarem o projeto, para que possa dar os encaminhamentos adequados, estando com os documentos regulares", disse Silva.

Ainda na defesa de sua iniciativa, o vereador leu em plenário uma decisão do MP que daria condições para o projeto ser discutido e votado. 

No entanto, o vereador Ripposati discordou do colega e explicou que tem um prazo de 10 dias para responder ao MP se concorda ou não com a decisão, visto que foi o autor da ação.

O tucano lembrou que ao encaminhar o caso para a promotoria, atendeu um grupo de cidadãos, em sua maioria idosos, que moram nas proximidades da escola e utilizam o SESC para suas atividades. "Eles alegaram que tem dificuldade para dar a volta, visto que aumentou o percurso e são idosos. Sem contar que tem que competir com o trânsito, o que é perigoso. Na verdade, se a prefeitura tivesse discutido com a comunidade antes, como deve ser feito de acordo com o Estatuto das Cidades, talvez este problema não tivesse acontecido. Mas eles fecharam à rua primeiro e depois mandaram o projeto para a Câmara. Ou seja, agiram de maneira errada perante a Lei não ouvindo a população e também não respeitaram a Câmara" destacou.

Para Almir é preciso encontrar uma solução, visto que as centenas de alunos que estudam no local precisam de segurança e também de um local adequado para fazer suas refeições. 

Já Ripposati afirmou que seu intuito foi buscar uma solução e ouvir a população e que, em breve, informará ao MP sua decisão sobre o caso, no sentido de resolver o impasse.  Ele lembrou ainda que no projeto está acostada emenda de sua autoria com sugestão dos idosos, para que a escola viabilize um portão para facilitar a passagem.