Vários vereadores falaram sobre os problemas provocados pela forte chuva que caiu na cidade no último final de semana. Foram unânimes quanto a necessidade de procurar amenizar ainda mais os prejuízos provocados em situações semelhantes.
O vereador Samir Cecílio (PSDSB) falou sobre os estragos provocados pela chuva, especialmente no subsolo do Edifício Chapadão, situado na Rua Major Eustáquio, no centro. Segundo o parlamentar, foi assustador, pois o depósito de uma loja de roupas masculinas, que fica na parte subterrânea do prédio, foi inundado e o proprietário perdeu aproximadamente cinco mil peças.
“A força das águas danificou uma porta com chapa de aço, com três, quatro milímetros de espessura”, afirmou Samir, lembrando que outras lojas situadas no local também foram atingidas.
O presidente Luiz Dutra (PMDB) também se manifestou. “Não sei se por falta de projeto, de orientação ou conhecimento, mesmo porque os técnicos e engenheiros sabem que para combater as enchentes no centro da cidade, não basta fazermos os canais, é preciso fazer também as curvas de aceleração da água, através das galerias, para que ela possa entrar no canal, caso contrário vem sobre a terra e a pavimentação, provocando as enchentes”, afirmou o presidente.
Dutra lembrou que não é engenheiro, mas entende que algumas melhorias ainda precisam ser feitas para amenizar o problema, como a construção de mais galerias. Ele lembrou, ainda, que a água que desce da Rua Prudente de Morais com a Rua Saldanha Marinho, no bairro Abadia, não conta com galeria, a não ser na altura da Rua José Alencar.
“Á água precisa ser canalizada e ter como escoar, é preciso avançar muito. Eu sei que é muito difícil acabar totalmente com as enchentes, mas é possível amenizar”, analisou Dutra. Samir concordou que é preciso captar a água, caso contrário, ela desce toda para o centro da cidade. “A região do bairro Santa Maria, por exemplo, não conta com drenagem”, argumentou o parlamentar.
O vereador Ismar Vicente dos Santos “Marão” (PSD) comentou que no dia da forte chuva a água passou por cima da ponte que existe na Univerdecidade, tão grande foi o volume de chuva.
João Gilberto Ripposati (PSD), ferrenho defensor das questões ligadas ao meio ambiente, lembrou que acompanhou a situação pela Comissão de Infraestrutura da Casa, inclusive nos bairros mais novos, que não contam com galerias suficientes. “As empresas fazem os bairros, mas não atendem todas as diretrizes que a Prefeitura determina e a falta de fiscalização acaba deixando o problema para o Município”, analisou Ripposati.
O vereador citou como exemplo o Bairro Nova Era, onde existe empoçamento de água. Para ele, a única solução é abrir a rua a implantar uma rede de galerias, pois tentaram aproveitar a topografia sem resultados, o que tem provocado alagamentos. Ripposati destacou que situações semelhantes acontecem no Morumbi 2, Pacaembu 2, Copacabana e Girassóis, que também são integrantes do Programa Minha Casa Minha Vida.
Quanto ao Água Viva, o vereador lembrou que no governo Marcos Montes tinha uma projeção de construir quatro piscinões, mas foi feito apenas um. “A chuva do último sábado aconteceu em 20 minutos, com o equivalente a 64mm, uma quantidade que deveria cair em quatro dias. São situações atípicas”, avaliou Ripposati.
Ainda segundo o representante do Legislativo, ele já solicitou uma revisão geral na cidade, onde faltam galerias, lembrando que o Legislativo tem inúmeras propostas, que mostram onde estão os problemas. O vereador destacou outro problema, que é o fato de muitas residências terem a água de chuva conectada a rede de esgoto, sendo que o Codau ainda não conseguiu fazer com que estes moradores regularizem estas situações .
“A natureza pede socorro e a cidade precisa urgentemente aumentar o parque ambiental, para controlar a questão do clima. O calor causa vários efeitos surpreendentes, e a natureza coloca situações que ultrapassa a capacidade do ser humano”, disse Ripposati. Ele afirmou, também, que grande parte da comunidade ainda não faz sua parte, descartando o lixo em locais corretos, e que é preciso investir mais na coleta seletiva. “É preciso encontrar soluções, buscar novos caminhos”, concluiu.
Para o vereador Samuel Pereira (PR), é bastante difícil resolver o problema das enchentes da cidade. “Mas é preciso amenizar”, finalizou o parlamentar.
Jorn. Hedi Lamar Marques
Departamento de Comunicação CMU
18/10/2016