A Câmara Municipal aprovou nesta quarta-feira (9) vários projetos que autorizam a Prefeitura a colocar nomes em logradouros públicos da cidade, sejam praças, ruas ou avenidas. A vereadora Lu Fachinelli apresentou quatro Projetos de Lei.
Uma das propostas homenageia o uberabense Ulisses Oliveira Fernandes, casado com Marilena Teodoro Sousa Fernandes, com a qual teve dois filhos, Bernardo Sousa Fernandes (médico) e Mayla Sousa Fernandes (securitária).
De família de classe média, começou a trabalhar aos 14 anos de idade, como aprendiz no Cartório de Registro de Imóveis da cidade. Trabalhou como securitário na Caixa Econômica Federal na função e, aos 28 anos, juntamente com o irmão Marcus Oliveira Fernandes, fundou a Poli Corretora de Seguros, empresa na qual trabalhou por mais de 30 anos.
Ulisses formou-se em Direito pela Universidade de Uberaba, em dezembro de 1991, para atuar nas causas securitárias dos clientes que exigiam tutela jurídica. Na sequência cursou pós-graduação em Direito Processual Civil na Universidade Federal de Uberlândia.
Além das atividades formais, dedicou grande parte de sua vida aos estudos aprofundados do ser humano junto à Fundação Logosófica. Dizia que lá aprendeu as bases para o conhecimento de si mesmo, dos seus semelhantes, de Deus e do Universo, conseguindo assim contribuir cada vez mais e melhor para a sociedade. Nesse aspecto, participou também da Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra onde, em seu trabalho de conclusão de curso, teve a oportunidade de reiterar os valores morais e éticos que sempre defendeu perante a família e a comunidade.
Outro PL apresentou o nome de Maria de Lourdes Silva, nascida na Bahia, em 1940, de onde saiu, passou por algumas cidades e chegou até aqui. Mãe de cinco filhos, Marco Aurélio, Regia Marisol, Marcelo Henrique, Nelson Christian e a caçula, Elaine Cristine. Deixou, ainda, onze netos e uma bisneta.
Também por intermédio da vereadora Lu Fachinelli, poderá ser homenageado o funcionário público estadual aposentado Alírio Augusto Campos. O também uberabense nasceu no dia 25/03/1951 e exerceu a função de inspetor de alunos na Escola Estadual Leandro Antônio de Vito até o ano de 2010. Ele e a esposa, a professora aposentada Maria Terezinha Melo Campos, administravam a loja Arco Irís Encanto, no bairro Morada do Sol. Form casados por 45 anos e tiveram três filhos, Luciana Campos Assunção (dentista), Marcelo Rodrigues Campos (empresário) e Juliana Rodrigues Campos (professora). Deixou quatro netos.
Por mais de 20 anos Alirio trabalhou como cerealista de arroz e também como vendedor no Mercado Municipal, vindo a falecer em 22/10/2021.
Outro projeto de autoria da vereadora apresentou o nome do araxaense José Baltazar dos Reis, que nasceu no dia 15/01/1938. Ele ficou órfão ainda na infância, trabalhou no campo na cidade de Araxá/MG, e aos 19 anos conseguiu ingressar como funcionário do DER/MG. Em 1959 casou-se com Remalta Maria dos Reis. Um ano depois foi transferido para Uberaba/MG, onde criou cinco filhos e morou até a data do seu falecimento em 18/05/2021, em decorrência das complicações da Covid-19, aos 83 anos.
Médica homenageada - O vereador Marcos Jammal presta homenagem a médica Marina Dornfeld Cunha Castro, que faleceu no dia 2 de outubro deste ano, aos 37 anos de idade. Ela era filha do médico cirurgião Luiz Antônio Cunha Castro e de Clarisse Meireles Dornfeld Cunha Castro, deixando as irmãs Luiza e Claudia. Marina era casada com o médico cirurgião oncologista Rafael Soares Lima, também procedente de Uberaba, atuante na cidade de São Paulo.
Formada em Medicina pela Uniube em 2008, realizou Residência Médica em Clínica Médica pela UFTM, seguida de especialização em Pneumologia pela Escola Paulista de Medicina de São Paulo (Unifesp) em 2011. Pneumologista especialista pela Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT) desde 2013.
Realizou também pela Unifesp doutorado em Pneumologia, tendo prosseguido com bastante envolvimento em pesquisa científica, além de prestar assistência voluntária aos médicos residentes na universidade, onde mantinha vínculo até então.
Em São Paulo, onde morava desde 2011, era concursada como pneumologista assistente e preceptora da residência pelo Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (IAMSPE), contratada pelo Hospital Edmundo Vasconcelos e atuante em consultório particular.
Era ainda pesquisadora do grupo de Ddoenças intersticiais da disciplina de Pneumologia da Unifesp, membro da European Respiratory Society (ERS), American Thoracic Society (ATS) e World Association of Sarcoidosis and Other Granulomatous Disorders (WASOG).
Marina era uma médica e cientista prodígio exemplar na área das doenças pulmonares intersticiais, especialmente em sarcoidose, ministrava aulas com frequência em congressos, inclusive internacionais. Representou o Brasil como uma das autoras do principal documento sobre a sarcoidose, o ACESS, após mais de 20 anos da primeira publicação.
Durante a pandemia Covid-19, atuou veemente na linha de frente nos hospitais que prestava atendimento no setor de UTI, enfermaria e assistência ambulatorial, além do acompanhamento pós-Covid.
Ainda neste ano, foi palestrante da aula sobre “Sarcoidose Avançada” no curso Nacional de Doenças Pulmonares Intersticiais organizado pela Sociedade de Pneumologia. Faleceu de trombo embolismo pulmonar, na cidade de São Paulo.
“Uma perda precoce, numa carreira acadêmica consistente, Dra. Marina era uma unanimidade, sendo admirada pela sua dedicação, doçura, generosidade, humildade e amor. Vida e sonhos interrompidos, deixa um legado inspirador de ser humano. Seu sorriso, sua doçura e sua garra ficarão eternizados no coração de todos que a conheceram”, afirmou o vereador Marcos Jammal.
Jorn. Hedi Lamar Marques
Departamento de Comunicação CMU
10/11/2022
