A discussão sobre o possível armamento da Guarda Municipal já ganhou um voto contrário. Para o vereador Samuel Pereira (PR), se o município permitir que os guardas municipais tenham porte de arma de fogo, poderá complicar ainda mais a questão da segurança pública no município.
Além de falar sobre a questão do porte de arma, o parlamentar criticou o desvio defunções da GM, pois, segundo ele, o trabalho realizado não confere com o que tem avaliado. "A Guarda Municipal tem que cuidar é do patrimônio público",afirmou.
Samuel comentou que qualquer pessoa que for a Curitiba, por exemplo, vai constatar que os guardas municipais não cuidam do trânsito, nem portam qualquer tipo de armamento, nem mesmo a taser (arma que dispara choque a distância). "Eu entendo que para portar uma arma de fogo a pessoa precisa ser preparada por, no mínimo,dois anos", avaliou.
Samuel disse ter conhecimento de que o vereador Edcarlo dos Santos Carneiro - Kaká SeLiga (PSL) está viabilizando a realização de uma Audiência Pública para discutir o assunto. "Eu já conversei com ele e avisei que sou contra", contou.
O vereador disse que já comentou o assunto anteriormente e fez um alerta,inclusive em entrevistas em programas de televisão. De acordo com Samuel, quando a GM surgiu já percebeu que a Polícia Militar sumiu das ruas. "Eu entendo que quanto mais liberdade a gente der para a GM, mais a PM vai se afastar e as coisas não funcionam assim".
O vereador também pondera que a segurança pública dentro do município é dever do Estado e no seu entendimento é preciso aumentar o efetivo da PM na cidade.Samuel afirmou até concordar com o governo municipal querer instalar mais um Batalhão em Uberaba, com o apoio do Estado, mas avalia que vão gastar mais dinheiro, inclusive na estrutura física e na aquisição de equipamentos.
"Este gasto poderia ser investido para colocar mais policiais nas ruas", disse ele,acrescentando que "se deixarmos a guarda municipal armada, aí é que os PMs vão se afastar mesmo". E para Samuel o pior é a transferência da responsabilidade da segurança pública para o município. "Tenho certeza de que a administração municipal não quer isto, pois é um dever do Estado. Vamos amenizar esta situação, precisamos deixar o Estado tomar conta e aumentar o número de policiais e não buscar mais responsabilidades".
Para o representante do Legislativo, "o dinheiro já não está sendo o suficiente,depois ainda vão precisar contratar mais guardas e aumentar os salários, o que eles merecem, mas estão executando algo que não é da competência deles". O vereador explicou que, inclusive, já conversou com vários guardas municipais,que afirmam querer o armamento.
"Se este Projeto vier para a Câmara eu não aprovo", afirmou, acrescentando que todos devem se preocupar com a segurança, mas reafirmou que "a responsabilidade é do Estado e não do município".
Departamento de Comunicação