A vereadora Denise Max (PR) recebeu nesta segunda-feira (25), em seu gabinete, proprietário de animal da raça shih-tzu que havia sido diagnosticado, pelo Hospital Veterinário de Uberaba (HVU), com Leishimaniose, em julho deste ano. William Silva, proprietário do animal, levou até à vereadora outros dois exames realizados por laboratório sediado em Belo Horizonte, que declaram que a cadela não é portadora da doença. Na época, Willian foi orientado por veterinária do Hospital a levar Mel ao Centro de Controle de Endemias e Zoonoses de Uberaba para ser eutanasiada.
Segundo Willian, o HVU e nem o médico veterinário do Centro de Zoonoses que o atendeu o informaram que antes da decisão pela eutanásia ele deveria realizar outros dois exames, já que o diagnóstico positivo poderia ser um resultado chamado de falso cruzamento, pelo fato de o animal já ter sido tratado por doença do carrapato. "Ele chegou a retirar o animal das dependências do Centro de Zoonoses depois que soube que deveriam ser realizados mais dois exames para aí se aplicar a eutanásia, caso esses dois também dessem o diagnóstico positivo", disse.
De acordo com Denise, o veterinário desconhece informações importantes da doença e ressaltou que informará ao Conselho Estadual de Medicina Veterinária (BH) as providências que estão sendo tomadas pelo Centro de Zoonoses na cidade diante dos casos de Leishimaniose. "Pessoas desconhecedoras do assunto, da doença, não podem trabalhar num lugar como a Zoonoses. Elas colocam os proprietários de cachorros desesperados e sem escolha. O veterinário só informa aos proprietários de cães sobre a eutanásia e não sobre os demais exames e o tratamento". A vereadora acrescentou ainda que o Governo Municipal deveria realizar campanhas esclarecedoras sobre a doença e aplicar multas naquelas pessoas que não colaboram com a prevenção. Um quintal limpo e bem cuidado é de suma importância no combate à doença. O dinheiro usado para se fazer a eutanásia deveria ser aplicado na prevenção da doença e no extermínio do mosquito-palha (transmissor da Leishimaniose).
Advogada da SUPRA, Lourdes Machado, informou que será elaborado nos próximos dias ofício solicitando ao Executivo a abertura de procedimento administrativo contra o funcionário da Zoonoses e também ressaltando sobre a necessidade de os funcionários obterem informações corretas sobre a doença. "Enviaremos no mesmo documento os exames realizados na shih-tzu, as matérias divulgadas nos jornais da cidade, fotos e o Manual de Leishimaniose. Queremos providências para que não ocorram mais erros como aconteceu nesse caso da Mel. Animais não podem morrer em consequência da falta de esclarecimento pelos humanos".
Departamento de Comunicação