Câmara Municipal é acionada a intermediar conflito

08/09/2015 16:39

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SindSaúde faz manifestação pública no Plenário na próxima terça-feira e Hélio Angotti apresenta contraproposta

Representantes do SindSaúde (Sindicato dos Trabalhadores em Hospitais e Casas de Saúde de Uberaba) estiveram ontem na Câmara apresentando ao presidente da Casa, Luiz Dutra (SD), documento assinado pelo presidente da Feessemg  (Federação dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde no Estado de Minas Gerais), Rogério Fernandes [atendendo a um pedido do Sindicato dos Trabalhadores], no qual solicita a intermediação do Legislativo para a solução do conflito enfrentado atualmente pelos funcionários da Associação de Combate ao Câncer do Brasil Central – Hospital Dr. Hélio Angotti. Há quatro dias, trabalhadores estão de braços cruzados em protesto aos cortes de benefícios da categoria.

Dutra, depois de ouvir os servidores relatarem os atuais problemas enfrentados pelo hospital e as reivindicações da categoria, decidiu por agendar brevemente, no Plenário da Câmara, manifestação de ato público. “Atendendo à solicitação do SindSaúde, liberei o espaço para o ato público para a próxima terça (dia 8), às 15 horas. Na oportunidade, a categoria poderá protestar e expor seus motivos que a levaram a optar pela greve, que já tem adesão de 180 pessoas [a instituição conta com 523 funcionários]. O ato será aberto à toda comunidade”, disse Dutra.

O documento exibido ao presidente relata que a discórdia foi gerada em razão do descumprimento de normas coletivas de trabalho, enfrentados pelos trabalhadores do hospital, que é referência no tratamento de câncer na região. “O hospital nos últimos meses está atrasando os salários de seus trabalhadores e fazendo pagamento de forma parcelada, além disso, cancelou benefícios previstos em acordo coletivo, cortou plano de saúde e as gratificações por exercício de função de confiança”, traz o ofício.  

Segundo o presidente do Sindicato  Juny Júnior, a greve é por tempo indeterminado, até que sejam atendidas as reivindicações. “Viemos hoje ao gabinete do presidente Dutra pedir a intermediação da Câmara na realização de com o Hospital, Prefeitura, Sindicato, Federação e Ministério Público. Infelizmente pacientes estão sendo prejudicados com a situação”, destacou Juny.  

O material entregue a Dutra ressalta que “tal medida é extrema e prejudica tanto a população quanto aos próprios trabalhadores. Estamos abertos para o diálogo e negociações, que entendemos ser o mais viável para todas as partes.”

 

Karla Ramos

Dep. Comunicação

04/09/2015

 

Direção do Hospital Dr. Hélio Angotti apresenta contraproposta a grevistas

A Direção do Hospital Dr. Hélio Angotti comunicou na manhã desta sexta-feira (04/11), aos funcionários da instituição em greve, contrapropostas para cada ponto da pauta de reivindicação da categoria apresentada pelo Sindicato dos Trabalhadores em Hospitais (SindSaúde). Foi durante reunião no anfiteatro do Hospital.

Antes da apresentação, o vice-presidente do Hospital, Gabriel Prata Rezende, informou que o Hélio Angotti vinha atendendo pacientes na média complexidade, extrapolando o teto do Sistema Único de Saúde (SUS), com a promessa dos gestores do Estado no sentido de que haveria a remuneração da extrapolação. Esses atendimentos chegaram a uma cifra perto de R$ 3 milhões, não pagos pelo SUS.
Um dos benefícios cortados no fim de agosto totalmente pela direção era a assiduidade (15% do salário base de cada trabalhador). Segundo o vice-presidente do Hospital, neste momento de insuficiência de recursos pelos atendimentos prestados junto ao SUS, a proposta da Direção de manter a assiduidade em 10%, para os colaboradores com vencimentos até dois salários mínimos (R$ 1.576,00 / mais de 300 empregados) é o máximo suportado pela instituição.
“Conforme o Hospital for tendo condição, os benefícios podem voltar à normalidade. Nós estamos preocupados em conseguir pagar todos os salários em dia. Sem esses cortes, nós não teremos condições de fechar a folha de pagamento para todos os mais de 500 colaboradores”, afirma Gabriel.
Quanto ao adicional noturno, de 50%, a Direção se compromete a pagar o percentual de 30%. Fica mantido também, pela Direção, o corte da gratificação de RTs (Responsáveis Técnicos) e foi negada a estabilidade provisória de greve (os grevistas pedem 180 dias de estabilidade). O Hospital se compromete também a não descontar os dias de greve nos salários e benefícios de quem parou.
O comando de greve também pede que o Hospital pague a assiduidade e adicional noturno de julho/2015 em parcelas até dezembro, enquanto a instituição propõe pagamento até maio/2016, parcelado em 25%.

Redução de jornada é ponto a ser avançado. Um dos pontos a ser avançado, em conversas com a categoria é a redução da jornada de trabalho e, por consequência, a remuneração, para os trabalhadores com vencimentos acima de R$ 3.500,00. Essa proposta apresentada pelo SindSaúde foi acatada pela Direção.
Quantos aos salários dos diretores graduados, os cortes chegam a 48%, segundo a instituição, enquanto o Sindicato pede corte de 70%. O Sindicato reivindica ainda, neste item, a divulgação mensal de recibos de pagamentos dos efetivos e RPA (Recibo de Pagamento a Autônomo).
Quanto ao plano de saúde, outro corte da direção, este voltou a ser garantido a todos os que já o possuíam. Quem não tem plano poderá solicitar com coparticipação, informa a Diretoria do Hospital Dr. Hélio Angotti.
O vice-presidente Gabriel Prata Rezende lembra que os médicos da instituição (cerca de 170) estão há sete meses sem receber pelos serviços prestados.

 

Jorn. Paulo Ferreira

Assessor de Imprensa do Hospital

 

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