Médico Ilídio Antunes fala sobre doação de órgãos no Plenário da Câmara

25/09/2015 09:52

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Participou hoje da sessão da Câmara o coordenador da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante do Hospital das Clínicas da UFTM, médico Ilídio Antunes, para falar sobre a implantação da Unidade de Transplante de Medula Óssea no HC da UFTM, atendendo a convite do vereador Edcarlo dos Santos – Kaká Se Liga (PSL). A confirmação desta unidade foi feita em agosto, através do credenciamento de equipe de Saúde pelo Diário Oficial da União. Com esta publicação, o HC da UFTM ficou autorizado realizar transplantes de medula óssea.

Segundo dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO), a elevada taxa de recusa familiar à doação (44%) persiste como o principal obstáculo para a efetivação da doação, na maioria dos estados [a informação faz parte do REGISTRO BRASILEIRO DE TRANSPLANTES (RBT) de 2015 - 1º semestre]. Um dos problemas que dificultam a realização dos transplantes “é a falta de autorização da família para a cirurgia. Medida pela chamada "taxa de negativa familiar", o índice em 2014 ficou em 46%, apenas 1% menor que em 2013.”

Vinte e cinco milhões de doadores de medula óssea estão registrados em todo o mundo, de acordo com o Ministério da Saúde. A semana de conscientização de doação de medula óssea levou o médico à sessão legislativa para falar também sobre a importância desse gesto. Apesar de os números estarem distantes do que seria o ideal, Ilídio comemora a motivação e preocupação da população em aderir as ideias que dignificam a vida. “Parabenizo Kaká pela iniciativa de instituir a Semana de Incentivo à Doação de Medula Óssea em Uberaba, que é comemorada, anualmente, na última semana de setembro. É desnecessário dizer que toda semana deveria ser a semana de doação de órgãos e tecidos. A consciência, altruísmo e solidariedade deveriam prevalecer acima de todas as diferenças. Afinal de contas, todo sangue é vermelho, todo leite é branco e toda alma é humana, portanto não há diferença entre nós”, disse.

De acordo com o médico, para cada negativa de doação de órgão, 10 pacientes na fila do transplante morrem. “Percebo, muitas das vezes, que quando uma família precisa encontrar um doador para seu ente querido, ela é tomada por momento de extrema iniciativa de divulgação nas mídias e em redes sociais sobre a doação de medula. Lógico, que entendemos a comoção, a angústia, e as expectativas dolorosas dessas pessoas, mas porque não tomarmos essas providências, nos deixarmos fomentar pelo espírito de solidariedade em todos os instantes de nossas vidas. Passada a comoção, tudo para”, lamentou.

O número de doadores voluntários de medula tem aumentado nos últimos anos. “Em 2000, existiam apenas 12 mil inscritos. Em novembro de 2014, o número saltou para 3,5 milhões de doadores inscritos no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (REDOME), e o percentual subiu para 70%. O Brasil tornou-se o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás apenas dos Registros dos Estados Unidos (quase 7 milhões de doadores) e da Alemanha (quase 5 milhões de doadores).  A evolução no número de doadores ocorreu devido aos investimentos e campanhas de sensibilização da população, promovidas pelo Ministério da Saúde e órgãos vinculados, como o Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA)”, segundo o site do Instituto.

Ilídio levou os vereadores e presentes para uma reflexão: “Já imaginram quantas pessoas nesse momento estão à mercê de nossa solidariedade?”, e aconselhou: “o altruísmo nos faz melhor a cada dia. Estou feliz com a iniciativa da Câmara, na pessoa do Kaká. Vejo que aqui na Casa, além de tratarem a política como deve ser, vocês têm uma preocupação muito grande com o trabalho de aspecto humano.”

Ilídio aproveitou a oportunidade para também explicar o procedimento de doação de medula óssea aos convidados presentes. É preciso ter entre 18 e 55 anos de idade e gozar de boa saúde. Para se cadastrar, o candidato a doador deverá procurar o hemocentro, onde será feita uma entrevista e, em seguida, será feita a coleta de 10 ml de sangue. Os dados do doador são inseridos no cadastro do REDOME. “Não se esqueçam, ninguém está imune em precisar de uma doação no futuro. Poderemos, amanhã, estar numa fila, numa expectativa dolorosa e agonizante. Aquela pessoa que nega a doação hoje, acredito, que não terá o direito de receber uma doação amanhã. Celebrem a vida e celebrar a vida é doar e receber. Sirvam as pessoas, não as ideias, como disse Papa Francisco”, encerrou o médico.

 

Jorn. Karla Ramos

Dep. Comunicação

24/09/2014

 

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