Casarim pede ajuda a Câmara para amenizar problemas no combate a incêndios no Município

19/10/2015 11:50

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A falta de estrutura para o combate a incêndios em Uberaba foi o tema principal abordado pelo comandante do 8º BBM, major BM André Humia Casarim, esta manhã no Plenário da Câmara Municipal. O bombeiro militar foi convidado pelo vereador Afrânio Cardoso de Lara Resende (PROS).

O oficial discorreu sobre o enfrentamento a incêndios na cidade. Segundo ele, a situação mais crítica é quanto aos hidrantes. Embora tais equipamentos essenciais para combater situações do gênero, tenham passado, recentemente por vistoria,  ele informa que dos 30 disponibilizados no perímetro urbano, somente sete estão em perfeito funcionamento

O comandante, demonstra preocupação com o quadro, haja vista, sobretudo, o pleno crescimento/desenvolvimento verificado atualmente em Uberaba. Ainda conforme Casarim, está pronta minuta de Projeto de Lei, apresentada pelo vereador Ismar Vicente dos Santos “Marão”, sobre o Código de Edificações no Município. Através desta Lei – continua o oficial BM - os responsáveis por novos loteamentos e condomínios horizontais serão obrigados a cumprirem algumas exigências, inclusive a instalação de hidrantes.  

Motivo também de preocupação foi afirmação do comandante dando conta de que vários pontos da cidade, muitos deles grandes aglomerados, não dispõem de hidrantes. Entre os bairros citados estão os conjuntos Morada do Sol, Alfredo Freire; os bairros Serra Dourada, Novo Horizonte e os Jardins Triângulo e São José, entre outros. Enquanto isto – relata - o número de ocorrências envolvendo incêndios não para de crescer, provocando prejuízos materiais, colapsos estruturais, pânicos, danos materiais, queimaduras, lesões por inalação de fumaça e mortes.

Abrangência. O 8º BBM atende 34 municípios da região. Até o mês de agosto deste ano foram registradas 577 ocorrências de incêndios urbanos, incluindo lotes vagos. Os atendimentos em janeiro chegaram a 43, outros 25 em fevereiro, 19 em março, 36 em abril, e 185 em agosto. Em 2012 os bombeiros registraram 637 ocorrências, 731 em 2013, e 879 casos de incêndio em 2014.

De acordo com o major, o 8º BBM está fazendo uma parceria com o Setor de Posturas da Prefeitura, com o objetivo de fiscalizar alguns lotes vagos, sendo que o Município poderá emitir multas, bem como tomar providências, que poderão ser cobradas posteriormente do proprietário.

Já com relação aos atendimentos envolvendo ocorrências diversas, foram 696 casos em janeiro deste ano, chegando as 1.872 ocorrências apenas no mês de setembro. Casarim ressaltou que nos três últimos meses, Uberaba foi a terceira unidade a atender mais ocorrências no Estado, perdendo apenas para Uberlândia e Montes Claros.  

Mesmo assim, de acordo com o major, houve um decréscimo nos incêndios em residências plurifamiliar, prédios residenciais e em residências industriais.  Ainda sobre a quantidade de hidrantes na cidade, o comandante comparou com alguns municípios do Estado, pois enquanto Uberaba conta com apenas sete hidrantes em condições de uso, Uberlândia tem 762 e Juiz de Fora 165.

“O correto seria que de dois em dois quarteirões tivesse um hidrante público”, afirmou Casarim. Outro problema enfrentado na cidade é a falta de viaturas para o combate a incêndios. De acordo com o comandante, Uberaba conta com quatro caminhões, sendo que um está operante, um se encontra na oficina, outro na descarga e um precisa de reparos, que ficam em torno de R$ 47 mil.

O comandante disse que a falta de água, dependendo apenas de um caminhão, compromete os resultados dos trabalhos, pois em determinadas situações os bombeiros não têm como atuar no combate a incêndio como precisariam. O custo de um novo caminhão de combate a incêndio é caro, ficando em cerca de R$ 1 milhão, com as adequações necessárias. Já um hidrante de coluna custa cerca de R$ 2,2 mil, ou R$ 3 mil com a instalação. 

O militar ainda mencionou o considerável aumento da população como complicador. Segundo o IBGE, de 1996 a 2015, a população de Uberaba passou de 232 mil para 322 mil, ou seja, um crescimento de quase 100 mil habitantes. Já as empresas, passaram de 9,3 mil 11,3 mil.

A falta de projetos preventivos nos estabelecimentos comercias e empresas é outro complicador apontado pelo bombeiro. Casarim explicou que tem buscado alternativas, através de algumas propostas, como a formação de uma equipe mista entre Codau e bombeiros, a criação de uma legislação municipal específica, bem como a solicitação de alguns recursos.

Uma idéia para amenizar os problemas à curto prazo, seria de o Codau fornecer um caminhão pipa, que poderia ser pintado de vermelho e adaptado para funcionar 24 horas por dia, como apoio para o veículo de combate a incêndio. O major disse que já foram vários incêndios em que precisaram de mais de um caminhão e solicitou um caminhão do Codau como apoio. “Mas eles não são de urgência e emergência, e nem sempre o caminhão está disponível quando precisamos”, disse o major, lembrando que o Codau pode até mesmo fazer um termo de cessão de uso do veículo.

O vereador Ismar Vicente dos Santos “Marão” (PSB), que está apresentando o Projeto de Lei para alterar o Código de Edificações do Município, disse que em Uberlândia a lei já funciona com relação aos novos loteamentos e quer que a de Uberaba seja aprovada o mais rápido possível. Cléber Humberto de Sousa Ramos “Cléber Cabeludo” (PROS) lembrou que sua maior preocupação é o fato de a cidade não contar com um caminhão com escada magirus.  

Para o vereador Samir Cecílio (PSDB), a Mesa Diretora deveria encaminhar uma solicitação ao Codau para que a empresa apresente um plano de trabalho, um cronograma de todos estes hidrantes. “Caso não sejamos atendidos, devemos entrar com uma representação no Ministério Público”, defendeu.

Segundo o vereador Afrânio, é preciso mostrar para a sociedade os riscos que às vezes passam despercebidos, pois não existe um plano de prevenção por parte do Codau. Ele sugeriu encaminhar um ofício também ao governador do Estado, cobrando soluções. 

Samuel Pereira (PR) afirmou que não tinha conhecimento dos problemas e ficou preocupado com as possibilidades e as consequências que podem surgir em virtude de um incêndio e as dificuldades do acesso à água, devido à falta de hidrantes na cidade. O vereador concordou que precisam cobrar providências também do governo estadual e propôs que a Comissão de Orçamento coloque uma emenda para a instalação de hidrantes.

A vereadora Denise Max (PR) também demonstrou preocupação e disse que a cidade precisa deixar de ser tratada como uma “currutela”. O líder do Executivo, vereador Elmar Goulart (SD), lembrou que a credibilidade dos bombeiros é maior do que qualquer outra instituição. “As dificuldades que os bombeiros têm enfrentado é muito complicado, principalmente devido às dificuldades pelas quais passa o país, mas é preciso encontrar uma saída”, avaliou Elmar.

 

 

Jorn. Hedi Lamar Marques
Departamento de Comunicação CMU
16/10/2015

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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