Em tempos de crise por falta de água, o vereador João Gilberto Ripposati (PSD) cobra do Município o cumprimento de uma lei de sua autoria, que pode ajudar a preservar as minas d’água existentes na cidade. O projeto de autoria do vereador foi aprovado e sancionado pelo Executivo em dezembro de 2003, através da Lei número 8.879, que instituiu o Programa Municipal de Conservação das Minas de Água (Prominágua).
Na época o vereador foi motivado pelo descarrilamento do trem da Ferrovia Centro-Atlântica (FCA), ocorrido no dia 10 de junho de 2003. Os produtos químicos que eram transportados pelos vagões contaminaram as águas do rio Uberaba, deixando a população sem abastecimento durante duas semanas. Foi o maior desastre ambiental já registrado na região do Triângulo Mineiro.
Ripposati disse que no período foi possível perceber a quantidade de minas existentes na cidade, sendo que muitas serviram para ajudar a população durante o período de dificuldades, mesmo sendo mal conservadas, o que acontece até os dias atuais.
Em março de 2013 o parlamentar já havia encaminhado requerimento ao prefeito Paulo Piau, cobrando a aplicação da lei, mas isto ainda não aconteceu. Segundo Ripposati, a intenção é proteger as minas e nascentes, principalmente na área urbana. Ele lembra que muitos cursos d’água passam por vários bairros da cidade e formam córregos, até desaguarem no rio Uberaba.
O vereador falou, ainda, sobre a existência de uma lei estadual que obriga as empresas fornecedoras de água, no caso o Codau, a investirem 0,5% da receita líquida no meio ambiente. “Hoje o Codau tem realizado investimentos fazendo bolsões na área rural para preservar a água, vai construir uma barragem, mas é preciso também investir na mata de topo, onde brota a água, além de proteger as matas ciliares”, disse Ripposati.
“Nós queremos tirar o projeto do papel, para que ele realmente funcione na prática, e que o município cuide e proteja as minas e nascentes com obras e calçamentos em torno delas, em condições de servir a população”, acrescentou o parlamentar.
Ripposati destacou, ainda, que por onde a água passa, seja na área rural ou na urbana, ela precisa ser toda cercada para que animais não tenham acesso, pisoteando ou mesmo contaminando com fezes. Ele disse que é preciso, também, controlar a qualidade destas águas, de modo que fiquem disponíveis para a população.
“É preciso preservar esta riqueza que temos e conscientizar a população”, disse ele, ressaltando que é um trabalho que requer responsabilidade por parte do Município. “O Executivo precisa fazer todo este mapeamento e uma política pública que ajude a preservar esta riqueza que temos”, finalizou.
Jorn. Hedi Lamar Marques
Departamento de Comunicação CMU
19/11/2015