O vereador Franco Cartafina (PHS) criticou a falta de estrutura para os atendimentos realizados nas Unidades de Pronto-Atendimento do Município, as UPAs. “Todos sabem que desde o início eu me posicionei contra a terceirização da gestão da saúde, e o tempo mostrou que eu estava certo”, afirmou o parlamentar.
Franco chamou a atenção sobre o que está acontecendo nas UPAs durante a leitura de Requerimentos no Plenário da Câmara. Ele lembrou que há alguns anos a cidade viveu um surto de dengue, quando Fahim Sawan era o secretário municipal de Saúde, sendo que na ocasião foi montado um aparato para atender os pacientes.
Segundo o vereador, atualmente, além da dengue, devemos preocupar com as outras doenças transmitidas pelo mosquito aedes aegypti, como a zica e a chikungunya. “Mesmo assim eu não vejo nenhuma mobilização para melhorar este atendimento. As pessoas ficam quatro, cinco, seis horas esperando nas filas e a administração não toma a providências para melhorar”, acrescentou Franco.
O representante do Legislativo contou, ainda, que as pessoas ligam reclamando, contando que não conseguem aguardar o atendimento, pois estão passando mal. Para ele, a Casa precisa se posicionar, pois a Prefeitura assinou um contrato milionário com a Pró-Saúde.
Mas, de acordo com Franco, se não bastasse a demora no atendimento, os médicos também estão lhe enviando mensagens, contando que estão sendo ameaçados por parentes de pacientes. Ele mencionou caso ocorrido no último final de semana, quando uma paciente veio a óbito na Upa São Benedito, sendo que os pacientes estavam do lado de fora, e a informação é de que um deles portava arma de fogo.
“Os funcionários estão trabalhando com medo”, disse Franco, contando ter ouvido de um médico que vai pedir para sair, pois tem receio de ser agredido, ou algo pior. “O mínimo que tem que ser é oferecer segurança para os usuários e toda a equipe técnica”, acrescentou o parlamentar.
Franco afirmou que continua contra a terceirização da Saúde, pois a responsável (Pró-Saúde) é uma entidade privada. “E as reclamações parecem que são em vão, pois os responsáveis ignoram completamente”, disse o vereador, que acrescentou, “mas eu não vou desistir, eu acredito que as coisas ainda vão mudar”.
Jorn. Hedi Lamar Marques
Departamento de Comunicação CMU
21/03/2016