O vereador Paulo César Soares China (SD) apresentou no Plenário o relatório técnico realizado na Central de Abastecimento de Minas Gerais (Ceasa), por uma equipe do Departamento de Controle de Endemias e Zoonoses. China esteve na Ceasa há alguns dias, após ser convidado por um permissionário, que não concorda com a falta de estrutura e de manutenção na Central.
Os principais problemas constatados foram com relação à falta de segurança e de limpeza no local. Na ocasião a avaliação do vereador foi de que a Ceasa está completamente abandonada pelo Poder Executivo. Um dos aspectos que deixou o representante do Legislativo indignado é o fato, por exemplo, de os funcionários não terem produtos de limpeza nem para lavar o banheiro, sem falar na falta de portas no local.
China, que defendeu uma visita da Vigilância Sanitária à Ceasa, inclusive ameaçou procurar o Ministério Público, caso nenhuma providência seja tomada. Nesta quinta-feira (14) ele apresentou no plenário o relatório da Zoonoses, que esteve na Central para verificar a presença de roedores, conforme a denúncia apresentada ao vereador.
A bióloga Regina de Resende Cunha e a chefe de seção de Controle de Endemias e Zoonoses, Taciana Carolina Cardoso Silva, assinaram o documento. Foram constatados vestígios da presença de ratos, que são atraídos pela grande presença de alimentos diversos nos ambientes aos quais têm fácil acesso.
A equipe instalou 56 raticidas, distribuídos em diversos pontos da Central. Problemas como esgoto aberto, alimentos corroídos e danificados, bem como lixo e restos de alimentos espalhados, foram registrados em fotos.
Na avaliação da Zoonoses é preciso adotar algumas medidas, como vedar a rede de esgoto, providenciar grelhas com telas para os ralos, fazer uso de solução de hipoclorito de sódio e água ou solução de água sanitária com água (50%), para limpeza dos ambientes com resíduos deixados por roedores.
Ainda de acordo com o relatório, os responsáveis pela Ceasa precisam manter os produtos armazenados em estrados com altura adequada e distantes de paredes de forma a permitir a frequente e constante limpeza do ambiente. Outras medidas são de providenciar capina, limpeza e retirada de resíduos de alimentos na área externa da Ceasa, providenciar container com tampa para acondicionamento do lixo, além de fazer o monitoramento constante e rigoroso do lixo gerado, como coleta, embalagem, armazenamento e descarte.
Ao final o relatório faz um alerta para a presença de roedores, que representam um problema sério de saúde, uma vez que são potenciais transmissores de doenças, através das fezes e urina, com os quais podem contaminar alimentos. Os responsáveis ainda registraram que "o controle de roedores não se restringe apenas a colocação de raticida, faz-se necessário também a adoção das medidas preventivas relacionadas, para que as ações de controle sejam bem sucedidas".
Na ocasião da visita de China à Ceasa o gerente da unidade, Artur Batista de Paiva Neto, explicou que conseguiu uma empresa para fazer a desratização de todos os prédios pelo valor de R$ 660, ou R$ 15,70 por mês para cada permissionário, porém alguns não concordaram em pagar, querendo que a Prefeitura resolva o problema.
Departamento de Comunicação