A escoliose é relativamente comum e, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a forma infantil atinge mais de 50 milhões de crianças em todo o mundo.
Com o intuito de promover a conscientização da sociedade para o diagnóstico precoce, a vereadora Luciene Fachinelli apresentou no plenário, na noite de ontem (26), projeto que institui o “Junho Verde”, celebrado na última semana de junho, como a Semana Municipal de Conscientização da Escoliose, batizada com o nome do ortopedista Jorge Mauad Filho, vitimado pela Covid em 2020.
Dados da OMS pontuam que, no Brasil, são mais de 1,6 milhão de pessoas com a doença, sendo que cerca de 160 mil delas precisam de tratamento cirúrgico. De 2% a 4% das crianças com dez a dezesseis anos de idade apresentam o problema. Meninos e meninas são igualmente afetados. Contudo, nas meninas a escoliose tem dez vezes mais chances de progredir e exigir órteses ou cirurgia.
A escoliose é uma condição em que a coluna vertebral se curva lateralmente, formando uma curva em S ou em C. Essa curvatura pode ser causada por várias razões, como desequilíbrios musculares, assimetria na estrutura óssea, problemas neuromusculares, entre outros. A detecção precoce da doença é fundamental para seu tratamento, uma vez que ela progride com o crescimento.
O ortopedista Anderson Dias, que esteve presente na sessão, alertou que, quando diagnosticada tardiamente, a escoliose provoca no paciente desde sequelas graves até a necessidade de cirurgia. “Pesquisa realizada em Uberaba mostrou que aproximadamente 3.9% das crianças em idade escolar têm escoliose. Isso quer dizer que entre 700 a 1.200 crianças, sem diagnóstico, possuem escoliose. Esse é um dado preocupante, pois o sucesso do tratamento depende de diagnóstico precoce. O atraso nesse diagnóstico faz com que 70% dessas crianças precisem passar por procedimento cirúrgico. Esse projeto, hoje apresentado aqui, é grandioso. A proposta está de acordo com movimentação de nível nacional. A conscientização é de suma importância, pois precisamos evitar, o máximo possível, a cirurgia nesses pacientes. O procedimento cirúrgico aumenta as chances de complicação, onera o serviço público [por ser de alto custo] e aumenta a quantidade de sequelas nesse paciente quando adulto”, alertou o médico.
Luciene destacou que a conscientização sobre a escoliose é importante para que as pessoas possam entender a condição, identificar os sintomas e buscar
tratamento o mais cedo possível. “A identificação precoce é fundamental para um tratamento mais eficaz. Por isso, é importante que pais, professores e profissionais de saúde estejam cientes dos sinais e sintomas da condição.”
Os fisioterapeutas e professores da Universidade Federal do Triângulo Mineiro – UFTM Dernival Bertoncello e Andréa Pessina também participaram da reunião desta segunda.
Projeto de Luciene institui em Uberaba a Semana de Enfrentamento e Prevenção ao Uso de Álcool e Outras Drogas
Estabelecer medidas efetivas de enfrentamento e prevenção às drogas em Uberaba é o objetivo da vereadora Luciene Fachinelli com a proposta que institui a Semana de Enfrentamento e Prevenção ao Uso de Álcool e Outras Drogas no Município de Uberaba.
O projeto aprovado ontem (26), na Câmara Municipal, estabelece que a semana deve coincidir com a data de 26 de junho – Dia Internacional Contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas, criado em 1985 pela Organização das Nações Unidas (ONU).
Segundo a vereadora, a iniciativa dará visibilidade ao tema. “Precisamos construir uma relação entre município e sociedade no sentido de fazer com que nossa cidade se torne um polo no combate ao uso e abuso de drogas, através de ações que concedam visibilidade ao assunto, além de sensibilizar a sociedade em torno dos fatores de proteção ao uso/abuso de álcool e outras drogas”, disse.
Para a vereadora, é preciso criar ações afirmativas no sentido de potencializar a efetividade de medidas de combate ao uso/abuso de drogas. “Precisamos mobilizar escolas públicas e particulares para o trabalho de conscientização e incentivar ações esportivas e culturais que possam contribuir com o avanço na discussão do assunto.”
Segundo levantamento do Ministério da Saúde, o consumo de álcool está diretamente relacionado a uma série de problemas de saúde e sociais. No Brasil, conforme II Relatório Brasileiro Sobre Drogas, as drogas lícitas mais consumidas pela população são o álcool (74,6%), o tabaco (44%) e medicamentos sem prescrição médica (benzodiazepínicos 5,6% e orexígenos 4,1%). Entre as ilícitas, o maior consumo é de maconha (8,8%) e cocaína (2,9%). “Quanto ao uso de outras drogas, a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (PeNSE) de 2019 mostrou que 23,8% dos estudantes do ensino médio já experimentaram alguma droga ilícita. Além disso, a mesma pesquisa revelou que 9,6% dos estudantes dessa faixa etária já utilizaram álcool antes dos 13 anos de idade. Em relação aos impactos sociais, estudos apontam que o consumo de álcool e outras drogas está associado a um aumento da violência doméstica e familiar. Em Uberaba, de acordo com dados da Secretaria de Segurança Pública, foi registrado um aumento de 15% nos casos de violência doméstica relacionados ao uso de substâncias psicoativas nos últimos dois anos. Diante desses números alarmantes e da necessidade de proteger a saúde e o bem-estar de nossos cidadãos, faz-se imprescindível a adoção de medidas preventivas e de enfrentamento ao uso de álcool e outras drogas em nosso município”, alertou Luciene.
Através do projeto apresentado, a parlamentar busca implementar programas educacionais preventivos, capacitar profissionais de saúde, criar centros de tratamento e recuperação, além de fortalecer a fiscalização e regulamentação dos estabelecimentos que comercializam bebidas alcoólicas. “Acreditamos que, por meio dessas medidas, poderemos reduzir significativamente os índices de consumo abusivo de álcool e outras drogas em Uberaba. Ao promover a conscientização, prevenção e tratamento adequado, estaremos investindo em um futuro mais saudável, seguro e promissor para todos os nossos munícipes. Juntos poderemos construir uma cidade mais saudável e livre do abuso de substâncias psicoativas”, encerrou Luciene.
Jorn. Karla Ramos
Dep. Comunicação da CMU
27/06/2023
Jorn. Karla Ramos
Dep. Comunicação da CMU
27/06/2023