Ontem, dia 25, foi comemorado no Brasil e no mundo o Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher. Dia em que todos se mobilizam através de campanhas de apoio às mulheres que sofrem qualquer tipo de violência. Iniciativas que para a vereadora Denise Max (PR) deveria acontecer não apenas no dia 25 de novembro, mas todos os dias do ano. Destacou que desde que assumiu o mandato tem cobrado das autoridades para tirar do papel as políticas públicas que defendem os interesses das mulheres.
Entre suas reivindicações, destacou a criação de um Comitê de Amparo à Mulher Uberabense vítima de violência e uma Casa de Abrigo que preste assistência a essas mulheres, além da instalação de uma delegacia aberta 24h para atendê-las. Citou ainda que enviou ofício ao Congresso Nacional pedindo para agilizar a aprovação do Projeto de Lei que altera a Lei Maria da Penha, garantindo o direito a cirurgia plástica reparadora pelo SUS à mulher vítima de violência doméstica que tenha ficado seqüelas físicas. "Estado e município têm que investir recursos próprios, caso contrário, a situação não irá mudar. A violência não é só física, mas psicológica e de carência de apoio por parte do poder público", alertou.
Denise esclareceu que, como única vereadora no Poder Legislativo de Uberaba, se sente responsável por todas as mulheres uberabenses, em especial aquelas que são agredidas diariamente por seus companheiros. "Sei a intensidade da dor que estas mulheres sentem. Fiz parte das estatísticas de mulheres que sofreram violência doméstica", desabafou.
A vereadora ressaltou que a violência contra a mulher é um problema social e de saúde pública que tem crescido assustadoramente nos últimos tempos e que não pode ser ignorado ou disfarçado. Informou que, segundo o IPEA - Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, no ano passado, 472 mulheres morrem a cada mês, isto é: 15,5 a cada dia e uma a cada hora e meia. Disse que a Lei Maria da Penha, que entrou em vigor em 2006 para combater a violência contra a mulher não teve impacto no número de mortes por esse tipo de agressão. "Acredito que isto se deve à ausência da implementação total da lei. Ainda há muito a ser feito. É inquestionável que a existência da Lei é um avanço. Agora é preciso cobrar que sejam incluídas no orçamento verbas que garantam de fato sua implementação", concluiu Denise.
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