Conscientizar a população, através de campanhas, sobre os perigos da depressão infanto-juvenil é a sugestão da vereadora Denise da Supra (PR) ao Poder Executivo. Em plenário, na manhã de hoje (12), a parlamentar apresentou requerimento solicitando ações sobre o assunto à Administração Municipal.
Segundo a vereadora, a doença ainda é desconhecida por muitos, e por se tratar de um problema preocupante é preciso que seja abordado constantemente através de campanhas. “A depressão em crianças e adolescentes não é identificada com tanta facilidade. Os distúrbios da depressão quando aparecem são associados ao que os familiares chamam de “fase” [idade], quando na verdade é sinal de uma doença grave que requer tratamento específico”, contou.
Vários comportamentos relacionados à depressão podem ocorrer em algum momento da adolescência, de acordo com Denise. “Por isso, os especialistas esclarecem que é preciso considerar a intensidade e a freqüência dos principais sinais e analisá-los.”
Estima-se que 20% das crianças e dos adolescentes de todo o mundo apresentam, em algum momento de seu desenvolvimento, sintomas depressivos, tais como: irritabilidade, sonolência, apatia ou desânimo, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS). “Em casos extremos, a depressão pode levar ao suicídio, atualmente considerado problema de saúde pública mundial, responsável por uma morte a cada 40 segundos, de acordo com a OMS.
A Organização das Nações Unidas afirma que cerca de 800 mil pessoas morrem por suicídio a cada ano – sendo a segunda principal causa de morte entre pessoas com idade entre 15 e 29 anos. “Embora existam tratamentos eficazes conhecidos para depressão, menos da metade dos afetados no mundo (em muitos países, menos de 10%) recebe tratamento.”
Informações do site da ONU mostram que relatório global lançado pela Organização Mundial da Saúde, no início deste ano, aponta que o número de casos de depressão aumentou 18% entre 2005 e 2015: são 322 milhões de pessoas em todo o mundo, a maioria mulheres. “No Brasil, a depressão atinge 11,5 milhões de pessoas (5,8% da população), enquanto distúrbios relacionados à ansiedade afetam mais de 18,6 milhões de brasileiros (9,3% da população).”
Denise reafirma que pais e professores devem ficar atentos a qualquer tipo de sinal, pois para a depressão há tratamento. “É preciso que o doente tenha muito apoio de familiares e professores. É essencial a atenção dos pais aos filhos. Ambos devem manter sempre uma relação harmoniosa e com muito diálogo”, disse.
Jorn. Karla Ramos
Dep. Comunicação
12/09/2017