As divergências de números geraram algumas discussões. O vereador Cléber Cabeludo se manifestou, dizendo estar preocupado não apenas com a apresentação de números, mas principalmente com o atendimento da população, se tem remédios e se os pacientes estão sendo bem atendidos. De acordo com ele, tem recebido muitas reclamações com relação ao atendimento nas UPA´s, inclusive com relação aos médicos e sobre as cirurgias eletivas.
José Carlos Almeida, integrante do Conselho Municipal de Saúde, sugeriu uma reunião para o fechamento destes números, que estão desencontrados. Ele ressaltou que as informações deixam claro que o governo Estadual não investe na saúde da cidade e espera que isto melhore com o novo governo, a partir de 2015.
O vereador China aproveitou para sugerir a realização de uma audiência pública, com as presenças do Judiciário e do Ministério Público. Luiz Dutra também falou sobre as divergências de dados, destacando que não tem conhecimento técnico sobre o assunto, mas entende que é importante chegar a um denominador comum e que as medidas necessárias sejam tomadas. Ele comentou ainda que investimento realizado pelo Estado é muito pouco e que vai pedir para a assessoria dele realizar um levantamento técnico sobre os números apresentados na reunião.
O vereador Afrânio Cardoso destacou a importância da presença do secretário Fahim na reunião, afirmando que o caos na saúde não é só em Uberaba, mas em todo o país. Sobre os números apresentados, ele colocou sua assessoria jurídica à disposição para tentar ajudar a esclarecer as divergências. Para Afrânio, é preciso cautela, pois sabe das boas intenções do secretário.
O vereador Ismar Marão lembrou que a Comissão de Saúde foi acionada por várias denúncias, que resolveram apurar. Ele explicou que algumas foram constatadas, como a falta de medicamentos, mas concordou que os valores realmente não batem e que os técnicos da Saúde precisam descobrir os valores corretos. "Mesmo assim, eu confio no trabalho do secretário", afirmou. Ele destacou que houve erros técnicos, sendo que algumas mudanças foram realizadas na Secretaria, mas espera que surtam o efeito positivo o mais rápido possível.
Sobre a OS, que vai gerir as duas UPAs e o Hospital Regional, Marão lembrou que votou favorável ao projeto, mas explicou que está mudando de opinião e quer discutir mais o assunto.
O conselheiro estadual de Saúde, Jurandir Ferreira, ressaltou que a questão de números é complexa, assim como a própria Saúde. Ele disse que realizou um levantamento até o mês de agosto. Segundo ele, tem um documento com requisições de serviços do mês de fevereiro, que não foram atendidos, ou então demoraram vários meses, com pedidos realizados pelos funcionários das UPA´s.
Jurandir disse ainda ter informações de que existe dinheiro, mas mesmo assim estão faltando equipamentos em várias áreas, é falta de dinheiro ou gestão?, questionou o conselheiro.
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