“Marão” defende isenção de taxa para doadores de órgãos, tecidos e medula

08/10/2015 08:15

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O vereador Ismar Vicente dos Santos “Marão” (PSB) quer que o Município ofereça um incentivo às famílias de doadores de órgãos e tecidos, assim como de medula óssea para transplante. O segundo secretário da Câmara Municipal enviou ao prefeito Paulo Piau um requerimento solicitando a isenção das taxas de sepultamento para as famílias dos doadores. O gasto pode chegar a R$ 750.

“Marão” explicou que foi procurado por uma pessoa, cujo irmão foi doador de órgãos e tecidos, mas apesar da boa ação, a família estava enfrentando dificuldades para pagar as taxas municipais. Para o vereador, além de ajudar as famílias mais carentes, a isenção também seria uma contrapartida da Prefeitura, além de servir como estímulo para outras famílias autorizarem as doações.

Atualmente uma sepultura nova no Cemitério Medalha Milagrosa tem os seguintes valores: a simples (quando enterra na terra) tem uma taxa de R$ 80,77, já aquela conhecida como carneira (são colocadas placas de cimento) custa R$ 376,27, enquanto a galeria (familiar) sai por R$ 754,51. No Cemitério São João Batista, onde os túmulos já têm donos, uma abertura de sepultura custa R$ 80,77, o mesmo valor de um par de tampas novas. Se tiver alguém enterrado, a família terá que pagar R$ 61,07 por cada exumação.

O vereador também comentou as dificuldades que os médicos enfrentam para conseguirem captar doadores, sendo que muitas pessoas às vezes passam anos na fila, aguardando um órgão ou medula compatível. “Eu espero que o prefeito tenha sensibilidade para a questão, perante a importância e a generosidade do gesto de doação”, afirmou “Marão”. 

Um balanço divulgado no início de agosto pelo Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) mostrou que o número de doações caiu no primeiro semestre deste ano. De janeiro a junho, de 490 possíveis doadores, apenas nove casos foram autorizadas pelas famílias (um total de 18 órgãos, entre sólidos e córneas), que representaram menos da metade do total registrado em 2014.

Em Uberaba é possível realizar a captação de córneas, rins, fígado e coração. E os números mostram o quanto as doações ainda estão abaixo do que poderiam ser, conforme relatório divulgado pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes – CIH-DOTT – do Hospital de Clínicas, referente às atividades, captações e transplantes realizados em 2014.

De janeiro a dezembro, no trabalho de busca ativa, dentre os 814 possíveis doadores, a Comissão realizou 105 entrevistas com familiares, o que resultou em 20 casos de doações autorizadas. Do total de entrevistas, 99 visaram exclusivamente à doação de córneas. No período, foram registradas 40 captações de córneas, dois rins e um fígado. Houve 35 transplantes de córneas e quatro de rins.

Dos 814 potenciais doadores, após avaliação, 384 tiveram contra-indicação médica e 73 estavam com família ausente, circunstâncias que impedem a entrevista sobre a possibilidade de doação. Outras 54 famílias não autorizaram a retirada de órgãos.

Houve, como critérios de exclusão, ainda, 42 casos de doadores com sorologia positiva, 125 fora da faixa etária indicada pra doação de órgãos e 15 casos de optantes em vida pela não doação. Em 18 casos, o óbito havia ocorrido há mais de seis horas, o que também impossibilita o procedimento.

 

Jorn. Hedi Lamar Marques
Departamento de Comunicação CMU
07/10/2015

 

 

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