Atendendo a um convite do vereador Samuel Pereira, representante da Defesa Civil e de outros órgãos estiveram no Plenário da Câmara Municipal, para apresentação de projetos de prevenção a acidentes na cidade.
Criada em 1989, através de uma comissão, a Defesa Civil foi regulamentada em 1997, através de Decreto. Atualmente conta com dez funcionários e com uma colaboração mútua com o Corpo de Bombeiros, que cedeu um militar, sendo que atualmente a sede funciona junto à corporação militar, na rua 13 de Maio, 74, conforme explicou o coordenador, Major Maximiliano.
Ele detalhou a estrutura do órgão e quais são as atividades desenvolvidas. Sobre a competência do mesmo, o major disse que cabe a DC a mobilização de recursos humanos e logísticos para o enfrentamento de desastres que provoquem grandes impactos na sociedade, juntamente com os parceiros, como Corpo de Bombeiros, Samu, Exército e Guarda Civil Municipal, entre outros, como forma de dar as primeiras respostas em caso de necessidade.
“A missão da Defesa Civil é unir essas forças, para ter uma reforma eficiente em caso de desastres”, afirmou o comandante da DC. Ele anunciou que este ano será lançado um simpósio sobre abrigos temporários e quais serão as políticas públicas que a serem desenvolvidas, para amparar as famílias que vierem a ser cometidas por algum desastre.
“Por isso que nós temos que definir estratégias e coordenar as atividades operacionais administrativas no sistema de proteção de defesa civil, no âmbito municipal, relativo a defesa da vida, do patrimônio e do meio ambiente”, acrescentou.
“A nossa competência é muito maior do que a Defesa Civil tem desenvolvido nesses 34 anos de existência”, afirmou. A proposta é de que o Sistema Municipal de Defesa Civil seja composto pela Coordenadoria Municipal, como órgão central, além do Grupo de Respostas a Desastres, Núcleo de Proteção e Defesa Civil, Fundo Municipal de Proteção e Defesa Civil, e Conselho Municipal de Proteção e Defesa Civil.
Ainda segundo o major, esta estrutura vai compor uma estrutura própria de resposta, com a coordenação geral do Governo Municipal, não apenas para esta, mas para todas as gestões. Na apresentação, o representante da Defesa civil anunciou que estão fazendo um cadastramento das áreas verdes e de preservação (APPs) do Município, a área do aeroporto, considerada de risco em potencial de desastre e ainda a lagoa de rejeitos da Mosaic, que tem um plano de ação de emergência com a empresa, em caso de ocorrer um desastre. Citou, ainda, os planos de ação para uma possível ruptura da Usina Hidrelétrica de Igarapava, tudo dentro do plano de ação das ocorrências típicas de Defesa Civil, incluindo as ocorridas nos períodos de seca e de chuva.
Ao final, o major disse que conta sempre com o importante apoio do Legislativo, para estruturar uma Defesa Civil mais eficiente. “Defesa Civil somos todos nós”, concluiu.
O comandante do Corpo de Bombeiros, coronel Marisguia, lembrou que as atividades de defesa civil também fazem parte da competência dos integrantes da corporação, porém é uma responsabilidade que precisa ser dividida. Ele disse que atualmente menos de 20 militares fazem plantão diário na cidade, tornando fundamental e necessário as parcerias com outros órgãos.
De acordo com Marisguia, o 8º BBM é responsável por 63 municípios, de Carneirinhos a Santa Rosa da Serra. “São 260 homens, para cobrir uma área de mais de 530 quilômetros de rodovia”, afirmou. Ele falou também sobre a importância de se preparar para possíveis desastres, citando o ocorrido em Brumadinho como exemplo, pois ocorreram situações anteriores, como em Mariana, e nem mesmo assim havia uma estrutura preparada. Ou mesmo as fortes chuvas, a seca, ou o descarrilhamento do trem ocorrido anos atrás, que deixou a cidade de Uberaba vários dias sem água potável.
“É preciso preparar a população, para que não ocorram essas calamidades e para isso temos que instrumentalizar o cidadão, mais até mesmo que a Prefeitura”, alertou Marisguia, lembrando que o Corpo de Bombeiros não tem como abraçar e dar todo o atendimento que uma vítima de catástrofe precisa.
Também estiveram presentes no Plenário o comandante Tiro de Guerra, sub-tenente J. Rocha e o comandante da capelania Unicev, major Cléber Renato.
Jorn. Hedi Lamar Marques
Departamento de Comunicação CMU
23/03/2023