O vereador Almir Silva tomou a iniciativa de defender o projeto da Planta de Amônia, em um momento em que o governo do Estado sinaliza com a possibilidade de vender a área que seria destinada ao empreendimento, situada no Distrito Industrial III. O representante da Câmara Municipal de Uberaba entende que ainda dá tempo de reverter a situação e convoca a sociedade em defesa do investimento, que está na pauta dos Governos Federal, Estadual e Municipal desde 2008. Na época, foi realizado um diagnóstico cientifico e público sobre a importância dos fertilizantes para a agricultura de grande escala e familiar no Brasil.
Almir elaborou uma carta aberta em defesa do projeto da Planta de Amônia, a qual será encaminhada ao governador Romeu Zema e ao presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco. Ele lembrou que há 14 anos já existia o esforço de avaliar que o Brasil tinha perdido espaço e competitividade, uma vez que, um dos elementos mais importantes na cadeia da produção de alimentos, são justamente os fertilizantes.
“O Brasil importa esses produtos em quantidades que não se justificam, devido à nossa capacidade de produzir alimentos, dada a quantidade de recursos que o país poderia ter com a produção de fertilizantes e com o uso do gás natural”, argumentou o vereador.
“Devido essa conjuntura adequada do país, foi decidido pelo Governo Federal, que o Brasil produziria fertilizantes ampliando a capacidade de garantir não só a sua segurança alimentar, mas compreendendo uma questão primordial de que tanto agora, como nos próximos dez anos, o mundo não terá condição de alimentar a população”, diz um trecho do documento.
O vereador ainda lembra que a nossa agricultura é sofisticada e usa tecnologia de ponta, defendendo que é preciso preservá-la, devido a sua capacidade colossal na produção de produtos agrícolas, assim como a geração de proteína para o mundo. “Não só através do setor de frangos, mas, sobretudo, algo que é tradição em Uberaba, a produção de came”, acrescentou.
Almir lembrou que a Planta começou a ser desenhada em 2010, sendo que a participação do o ex-vice presidente José Alencar, foi primordial. “O comprometimento de José Alencar, de trazer para Uberaba o gasoduto, foi no sentido estratégico e geográfico. Essa foi uma escolha por méritos da região, o Triangulo Mineiro é um dos maiores produtores agrícolas. Então, tem todo o sentido construir uma planta de fertilizantes no coração do país, já que atenderá as demandas do entorno de Minas Gerais e de outros estados que serão, também, mercados consumidores deste produto”.
O vereador também destacou no documento o quanto o movimento mobilizou lideranças e empresas, de Minas e do Governo Federal, como a Cemig e a Petrobras.
“O projeto da Planta de Amônia em Uberaba faz parte de um esforço do Brasil para reconstruir as condições em que agricultura vai se beneficiar dos fertilizantes, mas também do gás natural e do seu uso mais digno e nobre que é justamente essa aplicação no que se refere ao setor agrícola. Portanto, é importante a extensão do gasoduto para esse projeto e o Estado de Minas Gerais, historicamente, foi o maior impulsionador na construção do trecho do gasoduto que viabiliza a chegada do gás até Uberaba, logo, é inadmissível qualquer outra postura, que não seja a concretização da Planta de Amônia”, afirmou.
O texto continua defendendo a importância do investimento na produção de fertilizantes na diversificação da economia e a consequente geração de empregos. Para o representante da CMU, a Planta de fertilizantes pode gerar oportunidades para cinco mil trabalhadores, além de incorporar milhões de brasileiros, produzindo agricultura familiar de ponta, com tecnologia avançada, garantindo que a nossa agricultura comercial seja competitiva e o Brasil um dos maiores produtores de alimentos do mundo.
“Assim, o país será autossuficiente em fertilizantes e podemos avançar mais, não só na segurança alimentar - ela é fundamental e a primeira coisa que nós temos de obter – todavia, com os fertilizantes, teremos recursos suficientes para sermos os maiores produtores e exportadores do mundo”, defendeu o vereador.
Mesmo assim, Almir lembra que, infelizmente, o governo de Minas, está prestes a vender a área proposta deste projeto, no DI III, situação em que pede a direta intervenção do presidente do Senado, para a não execução de venda da área.
A iniciativa foi elogiada pelos demais vereadores da Casa. Almir pediu a todos que assinassem os documento, fazendo o mesmo pedido aos representantes das entidades de classe da cidade, antes que os mesmos sejam encaminhados ao governador e ao Senador.
Jorn. Hedi Lamar Marques
Departamento de Comunicação CMU
19/04/2022