O vereador Edmilson de Paula (PRTB) está cobrando do Executivo o retorno do projeto "Fica Vivo", suspenso na cidade desde o final de 2014. O programa, desenvolvido pelo governo estadual, tem o objetivo de mudar a realidade de crianças, adolescentes e adultos em situação de risco social. Em Uberaba eram atendidos em média 400 adolescentes por mês.
Criado em 2003, durante a administração do ex-governador Aécio Neves, o programa de combate à criminalidade e inclusão social foi reconhecido internacionalmente como um importante avanço contra o crime. Desde sua criação, até o ano de 2010, o "Fica Vivo" teria sido responsável pela redução em até 55% do número de homicídios nos locais em que foi implantado, segundo levantamentos do governo do Estado. O programa tem sido indicado como referência a outros países pelo Banco Mundial/ BID e Organização das Nações Unidas/ ONU.
Os Centros de Prevenção à Criminalidade são instalados em espaços localizados nas próprias comunidades, onde são oferecidas oficinas aos jovens moradores, como oportunidade de encontrar um novo caminho, longe da violência e da criminalidade.
Em Uberaba a suspensão da verba destinada pelo governo do Estado fez com que o programa fosse cancelado. Para Edmilson de Paula o "Fica Vivo" é muito importante, pois tira os jovens das ruas e os afasta das drogas, além de ter apoio dentro das escolas. Segundo o vereador, os secretários municipais de Esportes e de Educação, Luiz Medina e Silvana Elias, respectivamente, bem como o próprio prefeito Paulo Piau, poderiam se empenhar mais em retornar com o programa. "Afinal o prefeito é da base aliada do governador", avaliou Edmilson.
Índice baixo - De acordo com o diretor de Lazer da Secretaria Municipal de Esportes, Fausto de Sousa Pinto Filho, o programa foi implantado em Uberaba em meados de 2008 e encerrado em dezembro do ano passado. Como o trabalho é voltado para a prevenção de homicídios, o Estado alegou que a cidade não contava com o índice necessário para continuar o programa.
Fausto explicou que durante a realização do projeto foi feito um mapeamento da cidade, sendo atendidos jovens de bairros periféricos, especialmente locais com alto índice de criminalidade. "Em Uberaba trabalhávamos de forma preventiva, como assaltos e tráfico de drogas", explicou o diretor Fausto Filho.
Jorn. Hedi Lamar Marques
Departamento de Comunicação CMU
01/06/2015