Vereadores aprovam Reformulação do Plano de Carreira do Magistério
Foi aprovado na tarde de ontem, por unanimidade e em único turno, o Projeto de Lei Complementar que dispõe sobre o plano de carreira e remuneração dos profissionais do magistério da Educação Básica da rede Municipal de Ensino de Uberaba. Com um plenário cheio, os vereadores enalteceram o trabalho dos professores e levantaram a bandeira da valorização salarial da classe. O líder do prefeito na casa, vereador Cléber Cabeludo (PMDB) relembrou que este trabalho foi iniciado em 2005 e que todo avanço na área coloca a Educação como referência no trabalho do Executivo.
O Secretário de Educação José Vandir reconheceu que o Plano já estava ultrapassado e que só se reformulou depois de muita conversa entre as secretarias de Educação e de Administração juntamente com o Sindicato dos Educadores - SINDEMU. "Graças a essa conversa aberta, o plano apresenta-se moderno e vislumbra o que vai acontecer com a pessoa depois de vinte e cinco anos de trabalho", diz. Para o Secretário de Administração Rômulo Figueiredo, a presença do Sindicato em todos os níveis de reformulação do plano foi crucial. Ele também alertou que o Plano de Carreira deve sempre acompanhar as mudanças e isso significa uma revisão a cada cinco anos, em média.
O presidente do SINDEMU, Adislau Leite, revelou que o sindicato ainda não atingiu o que almeja, mas que a aprovação do projeto será um marco na história sindical dos trabalhadores em Educação de Uberaba. "O maior salário de um professor da rede Municipal com o novo plano será de R$ 825,00 acrescido de 1/6, que corresponde ao Descanso Semanal Remunerado, ou seja, R$ 963,00. Sabemos também que contamos com algumas vantagens como qüinqüênio e ticket alimentação de R$ 210,00", calcula Adislau que ainda criticou a submissão do profissional concursado à avaliação diagnóstica em troca do 15º salário.
A subsecretária Sandra Barra concordou que o nível salarial ainda não é o merecido pela classe, mas é o que está dentro das possibilidades orçamentárias e financeiras. "A reformulação do Plano de Carreira gerará um impacto de cerca de 850 mil reais por mês, totalizando mais de dez milhões ao ano", revela.
O presidente da Comissão de Educação e Cultura, vereador Carlos Alberto de Godoy (PTB) falou como conhecedor da causa. "Na minha jornada como educador, compreendi que quem não recebe o suficiente para cuidar do próprio filho não tem condições de cuidar do filho dos outros. E a reformulação do Plano de Carreira vem corrigir alguns problemas e investir no certo, que são as pessoas". Para o presidente Luiz Dutra (PDT), a casa reconheceu a importância do educador com a aprovação do projeto que é, "antes de tudo, uma forma de incentivo àqueles que dedicam a vida ao ato de ensinar".
