O Comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, Tenente Coronel Waldimir Soares Ferreira, participou da segunda reunião ordinária do mês a convite do presidente Elmar Gourlart (SDD) e dos vereadores membros da Comissão Permanente de Segurança Pública, Afrânio Cardoso (PROS), Ismar Vicente - Marão (PSB), Luiz Dutra (SDD) e João Gilberto Ripposati (PSDB).
O tenente coronel apontou como válida a preocupação dos vereadores para com a segurança na cidade. "Meu objetivo aqui é mostrar à comunidade os nossos projetos, falar sobre o aumento da criminalidade. Desde dezembro do ano passado esses números estão crescendo não só aqui, mas em todo o país", disse, revelando ainda que o governador Anastasia estará na cidade no dia 1º de abril para inaugurar o Olho Vivo.
"Ouço muito questionamento sobre se esse projeto será implantado mesmo ou não. Esse projeto está em andamento. Sobre o 2º Batalhão, já houve a decisão de que sua instalação será feita. O governador já anunciou, inclusive na presença de diversas autoridades daqui. O prazo para que isso ocorra não compete a mim determinar. O fato é que realmente precisamos de mais efetivos", esclareceu o tenente coronel.
O comandante do 4º Batalhão parabenizou o posicionamento do vereador Franco Cartafina (PRB) que reconheceu que o problema sobre a segurança pública não compete apenas à polícia. "O problema é amplo e sério, precisando ser debatido com a comunidade. Falta-nos cultura participativa. As pessoas querem resolver seus problemas locais, da sua rua. Não funciona assim, precisa ter uma visão maior", completou o tenente.
Ele ainda falou sobre a Praça da Mogiana, chamando-a de problemática, mas que não é apenas responsabilidade da Polícia Militar. "Precisamos de educação. O que vemos hoje é que professores não tem nem muita liberdade para conversar com seus alunos."
O vereador Afrânio deixou a Casa à disposição do comandante, revelando que o que está ao alcance dos vereadores, eles fazem, citando inclusive sobre a lei de detectores de metais. "Chamá-lo aqui para fazer milagres não dá, mas nosso objetivo hoje é pedir ajuda".
Luiz Dutra declarou que viu no comandante "uma vontade de servir" e que isso faz a diferença no combate à violência. Ripposati também deu boas vindas ao comandante e, na condição de representante da população, falou sobre seus projetos relacionados ao tema, como o uso de eqüinos, o canil e a escola de soldados.
Franco Cartafina, como vereador mais jovem, se colocou à disposição para que, diante de qualquer ação que a polícia queira fazer, seja feito de forma conjunta com a juventude. "Repasso as perguntas que me são feitas constantemente: qual a capacidade de contingente do nosso batalhão? Tenho informações que está reduzida. Dos que temos hoje, quantos estão na rua e quantos estão na parte administrativa? Por que há dez anos o efetivo era maior que hoje? Quantas viaturas?"
O Comandante reconheceu que o efetivo está menor. "Não resolve muito falar em números - o efetivo é o mesmo que tínhamos em 2012 quando o índice de violência era menor, mas o crime é que se comporta diferente. Vários fatores estão contribuindo para redimensionar os problemas. Temos aí a rede social que potencializa e possibilita que as coisas aconteçam com mais rapidez e intensidade".
O vereador Paulo César Soares - China (SDD) não perdeu a oportunidade para falar sobre a insegurança no Parque São Geraldo, sendo assunto sempre citado por ele nos seus pronunciamentos. O comandante falou que é seu objetivo intensificar o policiamento nas praças e também na Prudente de Morais, no bairro Abadia. Por sua vez, Marcelo Borges - Borjão (DEM) cobrou ações da polícia na Zona Rural, onde a onda de crime está aumentando.
Ismar Marão também fez questionamentos, principalmente em relação ao trabalho integrado entre as polícias. Sobre isso,o comandante esclareceu que esse é um dever entre elas. Já o vereador Edcarlo Carneiro - Kaká Se Liga (PSL) solicitou policiamento para as principais vias comerciais. "Todas são muito parecidas e vejo que policiais usando a bicicleta e a cavalaria inibiria os bandidos. Essa é uma reivindicação que gostaria de passar, embora já o fiz por escrito", disse, citando ainda sobre sua visita à cidade paulista de Sertãozinho, onde há, em média, seis homicídios anuais, e onde a guarda municipal trabalha armada.
Samuel Pereira, Samir Cecílio e demais vereadores também fizeram questionamentos e críticas, em comum ao Código Penal e aos órgãos de defesa social.