O representante da autarquia falou sobre vários assuntos ao participar da sessão do Legislativo, atendendo a um convite dos vereadores
O presidente da Companhia Operacional de Desenvolvimento, Saneamento e Ações Urbanas (Codau) participou da reunião virtual desta quarta-feira (09), na Câmara Municipal de Uberaba. José Waldir de Sousa Filho atendeu a um convite dos vereadores China, Tulio Micheli, Samuel Pereira, Rochelle Gutierrez, Pastor Eloisio, Luizinho Kanecão, Luciene Fachinelli, Fernando Mendes, Denise da Supra, Celso Neto e Anderson Dois Irmãos.
Um dos temas abordados foi a troca de hidrômetros que está sendo realizada pela autarquia e o conseqüente aumento de muitas contas, após a troca dos mesmos. O vereador China explicou que tem sido procurado por várias pessoas, as quais têm relatado que as contas duplicaram e até mesmo triplicaram após a troca do hidrômetro.
Segundo China, são aproximadamente 80 pessoas, que estão entrando na justiça contra a cobrança. Ele citou como exemplo uma moradora que pagava cerca de R$ 80 e a conta veio mais de R$ 1 mil.
De acordo com o presidente da Codau, a troca do hidrômetro está sendo feita por uma imposição legal, pois existe uma legislação nacional, a qual determina que o equipamento precisa ser trocado entre cinco e sete anos de uso. “Quando chega ao ponto de uso excessivo, ele deixa de fazer a aferição correta do uso da água”, explicou o presidente.
Ainda conforme José Waldir, com a troca acontece um aumento em torno de 10 a 20% na conta. “Tem casos que chega a um aumento de 80%, como já ocorreu na Sabesp, em São Paulo, mas são raros”, acrescentou, afirmando que a autarquia está sensível a esta questão, pois não estão realizando cortes.
O presidente também explicou que a Codau realiza uma vistoria de auto-consumo, após a reclamação. Uma outra possível explicação para os aumentos excessivos, acima da média, é que o parque de saneamento está muito sucateado, podendo haver a quebra após a hidrometração. “Por isso a necessidade de vistoria para fazer o reparo necessário e a correção do valor cobrado”, afirmou.
Sobre situação da obra da represa da Prainha, José Waldir disse que se a mesma fosse executada da forma que estava, certamente iriam ter
problemas. Segundo ele, vão revisar o projeto dentro do mesmo contrato, para executá-lo com segurança, e que isto leva tempo. Até agora já foram gastos aproximadamente R$ 4 milhões no projeto.
José Waldir ainda deixou claro que a Prainha é uma das soluções para o abastecimento da cidade. De acordo com ele, são quatro estudos que foram contratados desde a seca de 2001, os quais mostraram que a cidade precisaria de três represas com um total de 10 milhões de metros cúbicos de reservação, sendo que a Prainha vai contar com 2 milhões de metros cúbicos.
Outra frente trabalhada é para reduzir a perda de água, que chega a 50% na rede. O presidente disse que a autarquia está contratando uma empresa para o cadastramento de rede, que atualmente não existe. “Só assim poderemos saber onde estão os vazamentos, colocando válvulas de pressão para regular a pressão do sistema”, acrescentou.
Um projeto em andamento, que está sendo formatado, tem o objetivo de colocar a Codau como gestora da nascente do rio Uberaba. A proposta será apresentada na Câmara, para ser discutida, podendo assim aumentar a vazão do rio Uberaba e sua sustentabilidade.
A questão do saneamento também foi abordada. “É preciso atualizar os decretos sobre o saneamento, com a estrutura de um Plano Diretor de Saneamento, que vai ajudar muito e será um ganho para a cidade”, enfatizou o presidente
Ao ser questionado sobre uma possível captação de água do Rio Grande, José Waldir disse que, após a conclusão dos atuais projetos, futuramente será feita a contratação de estudos de concepção. “Só assim saberemos o que é possível e viável para a cidade”, afirmou.
Sobre a manutenção das redes e as inúmeras obras pela cidade, o representante da autarquia disse que estão atendendo muitas demandas represadas, as quais não eram permitidas serem feitas nas gestões anteriores, algumas com mais de dez anos de espera. “E nós estamos dando bastante publicidade e transparência”, alegou.
Questionado sobre a falta de sinalização e demora na conclusão das obras, o presidente respondeu que elas ficam devidamente sinalizadas, e que a demora para realizar o asfaltamento acontece devido ao fato de que o terreno precisa ser preparado antes de receber o asfalto, o que acontece, em média, em 48 horas.
Informação que foi questionada pelo vereador Pastor Eloisio, o qual comentou que tem uma obra na porta da casa dele abandonada há cerca de 15 dias e tem conhecimento de outras situações semelhantes, assim como
de falta de sinalização também. O presidente da Codau então solicitou que estas situações sejam encaminhadas a autarquia para serem averiguadas.
Jorn. Hedi Lamar Marques Departamento de Comunicação CMU 09/06/2021