Um modo de prestação de serviços ao Município, que foi objeto de um dos maiores escândalos de corrupção da história de Uberaba, foi retomado pela Prefeitura, e gerou questionamentos do vereador Paulo César Soares (PMN), o China.
Um edital publicado ontem pela Prefeitura de Uberaba, chamou a atenção do vereador. No documento publicado no Porta-Voz, o Município firma contrato com a empresa Soma Ambiental, Tratamento E Disposição De Resíduos S.A.
O contrato é para coleta de lixo urbano. Mais do que o valor previsto do contrato, de R$ 857.184,00, o que alertou foi a forma de medição para o pagamento pelo serviço.
De acordo com edital, o pagamento será feito por peso dos resíduos recolhidos, e foi nesse ponto que China questiona. “Para quem não lembra, o famoso escândalo do Lixo, na década de 1990, era esse o problema. O superfaturamento acontecia na pesagem do lixo. Chegavam até a molhar o lixo para ficar mais pesado”, recordou.
A citação do vereador diz respeito a Escândalo do Lixo, inclusive com ação judicial, na administração Luiz Neto (1993-1996). O escândalo, inclusive, praticamente encerrou a carreira política eleitoral do ex-prefeito, que depois disso, nunca mais disputou eleições.
“Não estou dizendo que vá acontecer de novo, mas a Prefeitura deveria evitar este tipo de prestação de serviços, que já comprovou ser de fácil manejo para irregularidades. Quero acreditar que seja pela inexperiência do atual governo, que esse modo de operar retornou”, afirmou o parlamentar.
China defende que o recolhimento do lixo seja feito por empreitada, ou seja, valor fixo anual, para evitar qualquer margem de dúvida. “Espero que revejam esse edital. Mas estarei de olho, fiscalizando como sempre, e denunciando quando preciso”, explicou.
Assessoria do vereador China
27/09/2021