Na sessão ordinária desta terça-feira (8), a Câmara Municipal aprovou por unanimidade as Moções de Repúdio nº 59 e 60/2025, de autoria do vereador Marcos Addad Jammal (PSDB). Os documentos repudiam a proposta de ampliação do número de deputados federais de 513 para 531, medida que também geraria mais vagas (cerca de 30) nas assembleias legislativas estaduais e aumentaria os gastos públicos em cerca de R$ 150 milhões anuais.
As moções serão encaminhadas ao presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos), e ao presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP). Os vereadores classificaram a proposta como "inaceitável, inoportuna e desrespeitosa com o povo brasileiro", especialmente em um momento de ajustes fiscais e demandas sociais urgentes.
Além de Jammal, assinaram as moções os vereadores China, Denise da Supra, Almir Silva, Caio Godoi, Diego Rodrigues, Thiago Mariscal, Ellen Miziara, Samuel Pereira, Anderson Dois Irmãos, Ripposati Filho, Luiz da Farmácia, Dr. Cleber Junior e Baltazar da Farmácia. A ampla adesão demonstra o alinhamento da Casa contra o que consideram um retrocesso na gestão pública.
O aumento do Legislativo federal oneraria os cofres públicos sem benefícios claros para a população. A proposta, em tramitação no Congresso, ainda depende de votação, mas a mobilização de câmaras municipais pode pressionar por seu arquivamento. A decisão de Santos reforça o posicionamento contrário de representantes locais à expansão de cargos políticos em meio à crise econômica.
A sessão também destacou a união de diferentes partidos na defesa do interesse público, com os vereadores alertando para o risco de o Congresso priorizar pautas corporativas em detrimento de reformas necessárias. A matéria segue sob análise em Brasília, enquanto entidades e parlamentares ampliam a resistência à medida.
François Ramos
Departamento de Comunicação/CMU
08/07/25