A crise hídrica enfrentada pelo Município fez com que o vereador Tulio Micheli enviasse uma série de requerimentos ao Poder Executivo, cobrando medidas para tentar amenizar os problemas provocados pela falta d´agua na cidade. O rio Uberaba chegou à metade da vasão necessária para abastecer a cidade, tendo uma pequena melhora nesta quarta-feira (08), quando atingiu 950 litros por segundo, ainda bem abaixo dos 1.200 l/s necessários, conforme nota da Companhia Operacional de Desenvolvimento, Saneamento e Ações Urbanas (Codau).
Ainda segundo nota da Companhia, às 6h desta quarta-feira, o nível de reservação era de apenas 22,2%, muito próximo do índice indicado para o fechamento total, de acordo com o Plano de Contingenciamento da Seca.
Entre as solicitações encaminhadas, o vereador pede que a prefeita Elisa Araújo decrete “Estado de Emergência”, em consequência da crise. Ele lembrou que nas últimas semana, o nível da principal captação de água do município, o rio Uberaba, atingiu índices críticos, com trechos quase secos e reservatórios operando com capacidade reduzida.
“Há relatos de interrupção no fornecimento em várias regiões, afetando residências, escolas, unidades de saúde e estabelecimentos comerciais. A situação se agrava diante da previsão de estiagem prolongada e da ausência de medidas emergenciais mais amplas”, afirmou Tulio. Segundo ele, a decretação do “Estado de Emergência” permitirá que o Município adote ações imediatas, com maior flexibilidade orçamentária e administrativa, viabilizando inclusive a captação emergencial em outros pontos, contratação de caminhões-pipa, além do reforço das ações de fiscalização e racionamento.
O vereador também solicitou que a Prefeitura encaminhe ao Legislativo um Projeto de Lei criando um Cadastro Municipal de Vulnerabilidade Hídrica, que contemple prioridade no abastecimento de hospitais, UPA´s, unidades básicas de saúde, instituições de longa permanência para idosos, escolas, creches e demais serviços de urgência do Município.
“É inaceitável que hospitais e serviços de urgência, como o SAMU, fiquem expostos ao risco de falta d´água, de tal modo que comprometa a higienização de ambulâncias e equipamentos”, disse o vereador.
Outro requerimento pede que o Executivo elabore um PL instituindo um Programa Municipal de Reuso de Água Não Potável, incluindo o aproveitamento das águas das minas, que poderiam ser destinadas ao consumo não humano e animal, sem necessidade de ser potável, como irrigação de áreas verdes, limpeza urbana, construção civil e lavagem de vias. “Uma água que não pode ser apropriada para consumo, pode ser utilizada para lavar roupas e automóveis” defendeu Tulio, destacando a existência de diferentes tecnologias e sistemas para tratar águas cinzas (de pias e banhos) e águas negras (de esgotos), que podem ser usadas em usos não potáveis, com o objetivo de promover uma gestão mais sustentável dos recursos hídricos.
Tulio demandou que as informações e relatórios pautados em estudos quanto à qualidade da águas das minas sejam encaminhados à Câmara Municipal, e cita algumas mais conhecidas, como a mina d'água da Rodovia MG 190, km 2, da avenida Maranhão, na rua Olímpia Cândida de Castro, bairro Beija Flor, na rua Geraldo Ferraresi, bairro Maringá, na rua Irineu Neiva Ferro, bairro Tancredo Neves, na avenida Maria Machado dos Santos, bairro Morada do Sol, na avenida Dr. Randolfo Borges Junior, Univerdecidade, e na rua Professor Leoncio Ferreira Amaral, conjunto Silvério Cartafina.
A redução temporária da taxa mínima de água também foi solicitada a Codau, passando de 10m³ para 5m³, enquanto durar a atual crise hídrica, até que a vazão do rio Uberaba e o fornecimento à população sejam normalizados. Segundo o vereador, a redução temporária da taxa mínima representa um gesto de responsabilidade social, alívio econômico para as famílias e reconhecimento da excepcionalidade do momento vivido em Uberaba, estando plenamente alinhada aos princípios da razoabilidade, da dignidade da pessoa humana e da defesa do consumidor.
E, por fim, o parlamentar cobrou a elaboração de um planejamento técnico, através de um plano de contingência, para atender o abastecimento de água na cidade. A medida contemplaria a definição clara de rodízios de abastecimento, com calendário amplamente divulgado; adoção de abastecimento emergencial por caminhões-pipa em bairros críticos; instalação de reservatórios móveis em áreas estratégicas; transparência em tempo real sobre regiões abastecidas e interrompidas; plano específico de manutenção emergencial nas adutoras e redes mais críticas.
Tal proposição, segundo Tulio, se justifica pela necessidade de planejamento técnico em momentos de crise hídrica. “Isso vai assegurar que a população não fique refém de medidas improvisadas e que os serviços essenciais tenham prioridade no atendimento, finalizou.
Jorn, Hedi Lamar Marques
Departamento de Comunicação CMU
08/10/2025
Vereador apresenta requerimento para criação de programa municipal de reuso de água não potável
Na sessão ordinária de 7 de outubro, terça-feira, foi apresentado o Requerimento nº 03259/2025, de autoria do vereador Túlio Micheli. O documento solicita à prefeita Elisa Araújo o envio de um projeto de lei que institua o “Programa Municipal de Reuso de Água Não Potável”, medida considerada estratégica diante do cenário de escassez hídrica que preocupa o município.
Segundo a justificativa apresentada, a proposta busca aproveitar águas residuais e de minas d’água que não possuem qualidade suficiente para o consumo humano, mas que podem ser utilizadas em diversas finalidades. Entre os exemplos citados estão a irrigação de áreas verdes, a limpeza urbana, a construção civil, a lavagem de vias e o abastecimento de descargas sanitárias.
O texto destaca que existem diferentes tecnologias capazes de tratar águas cinzas, provenientes de pias e banhos, e também águas negras, oriundas de esgotos, possibilitando seu uso em atividades não potáveis. Essa prática, já adotada em várias cidades do mundo, tem como objetivo reduzir a pressão sobre mananciais e garantir uma gestão mais sustentável dos recursos hídricos.
Tulio Micheli ressaltou que, embora a água captada em minas possa, em alguns casos, apresentar boa qualidade, ela não deve ser consumida sem análise prévia. A instabilidade da composição ao longo do tempo exige cautela, especialmente em uma cidade que possui uma Área de Proteção Ambiental (APA) no alto curso do Rio Uberaba, responsável por resguardar importantes nascentes.
O vereador lembrou ainda que a crise hídrica é uma realidade cada vez mais frequente e que Uberaba precisa se antecipar com políticas públicas de uso racional da água. “O reuso da água não potável diminui a demanda sobre o sistema de abastecimento e pode evitar que setores sensíveis e vitais da cidade fiquem desassistidos”, argumentou.
A proposição reforça a necessidade do município investir em soluções inovadoras para garantir a segurança hídrica no médio e longo prazo. Para Tulio Micheli, a reutilização de água em usos secundários é uma medida de baixo custo em comparação às obras de captação e tratamento de novos mananciais.
François Ramos
Depto. de Comunicação Social – CMU
07/10/25
Mudança da Escola Uberaba deve ser tema de Audiência a pedido do vereador Tulio
Tulio Micheli propôs ao vereador Ismar Marão, presidente do Legislativo, audiência pública para debate sobre a possível mudança da Escola Municipal Uberaba para outro prédio. O encontro aconteceria no Plenário da Câmara Municipal.
A escola, atualmente pertencente ao SESC, sofre com problema estrutural, necessitando de providências urgentes. “Já havíamos levado ao conhecimento do secretário estadual de Educação de Minas Gerais Igor Alvarenga a situação do prédio que abriga a escola. Considerando a relevância do tema para a comunidade escolar, pais, professores e demais cidadãos, é fundamental avaliar os impactos que qualquer alteração de localidade poderá gerar, tais como mudanças no zoneamento escolar, na logística de transporte dos alunos, no acesso à infraestrutura e aos serviços da região, bem como possíveis consequências pedagógicas, administrativas e sociais para a unidade escolar e para a comunidade local”, alertou o vereador.
Para Tulio, a realização de uma audiência pública permitirá que representantes do poder público municipal, do SESC, da comunidade escolar, dos pais e dos professores possam se manifestar, apresentar informações detalhadas e discutir alternativas, garantindo um debate democrático e transparente sobre a manutenção ou eventual mudança de local da Escola Municipal Uberaba. “Solicitamos ao Marão que designe data, local e horário para a realização da audiência, garantindo ampla divulgação à população e assegurando a participação de todos os interessados."
Jorn. Karla Ramos
Dep. Comunicação da CMU
08/10/2025






