O vereador Ismar Vicente dos Santos Marão (PSB) quer banir qualquer espécie de artefato explosivo dos estádios comunitários do município. Ele anunciou no Plenário da Câmara Municipal nesta segunda-feira (10) que pretende apresentar um Projeto de Lei com este objetivo.
Ismar afirmou que os frequentadores dos campos de futebol na cidade não aguentam mais as bombas que são soltas durante as partidas. Ele contou que foi assistir a um jogo no último final de semana, com arquibancadas lotadas.
O problema, de acordo com o vereador, é que durante cerca de 20 minutos algumas pessoas ficaram explodindo bombas e boa parte do público que estava sentado se levantou e foi embora. A partida chegou a ser interrompida por causa das bombas.
"Tem pessoas que estão impossibilitando que estes estádios comunitários sejam frequentados pela população. Eles estão prejudicando a imprensa que cobre os jogos, mas principalmente os torcedores", disse Ismar. Ele também lembrou que famílias inteiras, inclusive com crianças, gostam de participar dos jogos, mas está ficando muito difícil.
O representante do Legislativo explicou que decidiu elaborar um projeto para proibir a presença de artefatos explosivos nos estádios comunitários, antes que algo pior aconteça e pessoas fiquem gravemente feridas. "Não são bombinhas e sim bombas, que são estouradas durante os 90 minutos de jogo", afirmou.
Ismar contou que já conversou com o secretário municipal de Esportes, Luiz Alberto Medina de Carvalho, que também não concorda com a presença dos artefatos nos jogos. Ele anunciou que os demais jogos do campeonato amador neste final de ano serão levados para o Estádio Uberabão. O vereador fez questão de deixar claro que não estão tentando proibir a presença de pessoas de bem, e sim de algumas que estão deixando a situação insustentável. "É uma aberração o que está acontecendo na cidade", afirmou.
Ainda de acordo com Ismar, o PL vai prever, inclusive, punição para o time, caso a lei seja descumprida. "Alguma providência tem que ser tomada", acrescentou.
O vereador João Gilberto Ripposati (PSDB) se prontificou a assinar o projeto, lembrando que existem dois lados, o campo destinado a comunidade e a responsabilidade da Prefeitura. "Mas tem ainda os danos que estas bombas causam ao patrimônio público", lembrou o vereador. Ele contou que no conjunto Alfredo Freire a comunidade enfrenta problemas desta natureza no salão comunitário, cujos vidros têm sido quebrados por bombas.
Para Ripposati é preciso o apoio da Guarda Municipal, que muitas vezes não está presente nestes jogos. O vereador Edcarlo dos Santos Carneiro Kaká Se Liga (PSL), líder do Executivo, também pediu para assinar.
Segundo Ismar, a população também precisa se conscientizar. Ele comentou outra situação envolvendo uma quadra esportiva onde por duas vezes já furtaram os disjuntores, que foram repostos pela Prefeitura. Sobre a situação nos campos ele afirmou que "é o sonho da Liga, ver os campos cheios de torcedores, mas infelizmente uma minoria está atrapalhando a comunidade a prestigiar seus times".
Já a vereadora Denise Max (PR), como defensora da causa animal, aproveitou para reafirmar ser contra qualquer tipo de bombas que, de acordo com ela, podem causar mortes e até mesmo enlouquecer os animais, que chegam a atacar os próprios donos. Ela também criticou o fato de a própria Prefeitura utilizar fogos em eventos oficiais. "Isto é uma barbaridade, coisa de pessoas sem sensibilidade", desabafou.
Ismar finalizou afirmando ter a certeza de que com a ajuda do secretário de Esportes e do prefeito Paulo Piau vão conseguir banir as bombas dos estádios comunitários.
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