A Audiência Pública “Direito da Família Educar seus Filhos e Não à Ideologia de Gêneros” não será debate, mas um evento para externar os posicionamentos contrários do Conselho de Pastores Evangélicos de Uberaba e da Arquidiocese contra a inserção da “Ideologia de Gêneros” em práticas pedagógicas por meios de planos de educação de estados e municípios. Também não está na pauta discussão sobre opção/condição sexual. O esclarecimento é dos vereadores Samuel Pereira (PR) e Afrânio Lara Resende (Pros) que atenderam ao pedido dos segmentos religiosos para a realização da Audiência , marcada para o dia 17 de agosto.
A reunião pública está marcada para acontecer no Teatro Municipal Vera Cruz, a partir das 19 horas do dia 17 e terá a participação do presidente do Conselho de Pastores de Uberaba, Carlos Wilton e do arcebispo metropolitano, Dom Paulo Mendes Peixoto. De acordo com Samuel, o evento não tem qualquer caráter deliberativo, mas de informação e esclarecimento quanto ao posicionamento contrário à “Ideologia de Gêneros”. No entanto, Afrânio Lara e Samuel ressaltam que serão convidados a participarem os setores com opiniões divergentes, que também terão direito a voz, mantendo o equilíbrio e o caráter democrático do evento.
A proposta de Ideologia de Gênero chegou a constar no projeto do Plano Nacional de Educação, mas foi retirado quando de sua votação no Congresso Nacional em 2014, por ação dos movimentos religiosos. No entanto, vários estados e municípios, ao elaborarem seus Planos Decenais introduziram a terminologia em seus planejamentos. No mês passado, quando venceu o prazo para a elaboração dos planos pelos municípios, a CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil) divulgou nota em que afirma que "a introdução dessa ideologia na prática pedagógica das escolas trará consequências desastrosas para a vida das crianças e das famílias".
A ideologia de gênero afirma que o homem e a mulher não diferem pelo sexo, mas pelo gênero, e que este não possui base biológica, sendo apenas uma construção socialmente imposta ao ser humano, através da família, da educação e da sociedade. Afirma ainda que o gênero, em vez de ser imposto deveria ser livremente escolhido e facilmente modificado pelo próprio ser humano. Ou seja, que as pessoas não nascem homens ou mulheres, mas são elas próprias condicionadas a identificarem-se como homens, como mulheres, ou como um ou mais dos diversos gêneros que podem ser criados pelo indivíduo ou pela sociedade, defende a corrente ideológica.
Jorn. Márcio Gennari
Departamento de Comunicação
17/07/15