Denise pede socorro para reduzir cães abandonados na cidade

23/07/2015 14:40

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Para vereadora, a falta de apoio do poder público é o principal problema, enquanto a quantidade de cães nas ruas aumenta assustadoramente

 

A quantidade de cães abandonados está aumentando assustadoramente em Uberaba, segundo a vereadora Denise Max (PR). A situação está deixando a criadora da Ong Supra muito preocupada, pois, segundo ela, o pouco que o poder público faz está longe de ser suficiente para resolver a situação.

Denise contou que está realizando um trabalho na periferia da cidade, com uma espécie de censo de animais abandonados, em locais como empresas, construções e bairros novos. Ela disse que nas imediações dos conjuntos Marajó 1, 2 e 3, por exemplo, foram encontrados 12 cães abandonados, sendo que 11 são cadelas de porte médio.

De acordo com a vereadora, três estão prenhas, sendo que se cada uma tiver dez filhotes, serão mais 30 animais abandonados, sem levar em conta que as outras fêmeas também poderão ficar prenhas. “A proporção é gravíssima”, afirmou a parlamentar, explicando que os animais atravessam a rodovia BR-262 em busca de alimentos e provocam acidentes. Já foram registrados vários casos, inclusive com morte. Nos canteiros de obras também é comum encontrar cães abandonados, assim como nos Distritos Industriais.

Denise também contou que apenas na região da Supra existem cerca de 40 cães abandonados, que recebem água e comida, mas causam problemas, pois atacam galinhas, por exemplo. A Ong gasta em média 30 quilos de ração por dia, apenas alimentando animais nas ruas.

Na própria Supra mais de 500 animais estão sendo atendidos, castrados na medida do possível, sendo que a Ong não tem condições de receber mais cães. A situação financeira da Ong é o maior complicador. De acordo com a vereadora, ela está recebendo R$ 18 mil mensais da Prefeitura, porém o gasto fica em cerca de R$ 35 mil, tudo comprovado com notas fiscais. Já os salários dos funcionários, conforme Denise, são pagos com dinheiro do salário que recebe como vereadora. “E as doações diminuíram muito”, garante.

“Acabou o dinheiro, o único carro que temos está prestes a fundir o motor, o que dificulta muito o trabalho. É desesperador o que estamos passando, pois não temos o apoio que deveríamos ter”, desabafou a vereadora.

Para Denise, estão jogando toda a responsabilidade pelos cães abandonados na cidade para cima dela. “Qualquer problema que acontece, a própria Prefeitura e até a polícia, manda procurar a Supra. Nós não somos um departamento público”, esclareceu.

A vereadora diz que agradece muito os R$ 50 mil que o Ministério Público destinou à entidade para realizar castrações, através de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), mas o dinheiro acabou.  Ela quer saber o que o promotor curador do meio ambiente Carlos Valera pode fazer para ajudar, pois entende que se estes animais forem castrados, já ajuda a diminuir bastante o problema.

“Quanto mais a cidade cresce, mais o problema se agrava. Eu quero que as autoridades, principalmente o Município e o Ministério Público, ajudem a continuar este trabalho de castração”, implorou Denise.

Para a vereadora, é preciso fazer uma campanha em massa para conscientizar a população sobre a posse responsável e mais uma vez defende que a castração é a única forma de amenizar o problema.

Denise contou, ainda, ter recebido denúncia de que animais tem sido colocados em veículos e deixados às margens das estradas. “Além de eles morrerem, colocam as vidas de motoristas em risco”, denuncia.

A parlamentar também comentou ter tomado conhecimento de que a Prefeitura está fazendo licitação para realizar a chipagem de animais, mas ela entende que a castração é ainda mais importante. “Não adianta chipar, se o animal continuar abandonado e procriando. O ideal seria fazer as duas coisas”, avaliou Denise.

Para a parlamentar, é preciso a conscientização também do poder público. “Para resolver, a castração tem que ser feita em massa”, alertou.

Outra questão importante, lembrada por Denise, é a falta de atendimento médico adequado. A Supra conta com a ajuda de alguns veterinários voluntários, enquanto seria necessária uma parceria, um convênio entre a Prefeitura e o Hospital Veterinário. “Mas o ideal mesmo seria instalar um ambulatório municipal no  Departamento de Zoonoses, onde já existe uma sala com azulejos, com médicos veterinários fornecidos pela Prefeitura”, defendeu.

A vereadora lembrou, ainda, que não existe na cidade espaço para alojar animais agressivos, nem mesmo na Zoonoses. Sobre os diversos animais que tenta ajudar pelas ruas da cidade, pelo menos fornecendo água e comida, Denise resume o sentimento: “eu me sinto impotente de ver tanto sofrimento e não poder fazer mais”. 

Jorn. Hedi Lamar Marques

Departamento de Comunicação CMU

22/07/2015

 

 

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