O Projeto de Lei que autoriza a concessão de direito real de uso de área ao Centro Espírita Ile Axe Alaketu Tobi Ode teve novamente pedido de vistas hoje (14) no Plenário. Desta vez a solicitação partiu do vice-presidente da Casa Afrânio Cardoso (PROS).
O entrave na aprovação da matéria está na metragem do terreno, pois a grande maioria dos parlamentares não concorda com o tamanho da área, 2.719,83 m², doada pelo Executivo ao centro espírita.
Na sessão realizada na semana passada, o vereador Ismar Vicente dos Santos – Marão (PSB) havia alertado aos colegas que a área em discussão foge aos padrões daquelas analisadas e aprovadas pela Casa e destinadas às entidades religiosas.
Desta vez, Marcelo Machado Borges - Borjão (DEM) questionou ao presidente do Centro Espírita Ile Axe Alaketu Tobi Ode, Anderson Magalhães, sobre a necessidade de uma área de quase 3 mil metros quadrados e as condições financeiras do centro para arcar com a construção do que está planejado para o local. “Essa área é imensa. Nenhuma entidade religiosa recebeu doação de uma área com essa metragem”, disse.
Em seguida, Anderson explicou que o centro precisa do local, desse espaço. “Temos recursos próprios e contamos com o apoio de empresas de Uberaba e região. O espaço será destinado não somente ao centro, mas contará também com salas para oficinas de artesanato, serralheria, marcenaria, dança, entre outras. Hoje, os trabalhos são feitos em minha residência. Distribuímos cestas básicas, brinquedos, ministramos palestras e aulas de dança. Além disso, precisamos construir uma estrutura adequada para receber deficientes físicos. Tenho uma filha deficiente e sei das dificuldades dos cadeirantes. Pretendo ter um espaço para essas pessoas, inclusive incluindo a equoterapia no local que será doado”, contou.
Depois de vários vereadores externarem suas dúvidas com relação ao terreno, o vereador Edcarlo dos Santos – Kaká Se Liga (PSL) sugeriu que o Executivo apresente outra proposta readequando a metragem dessa área. “Poderia ser um local menor. Assim, o centro não sairia prejudicado, teria sua área e ajudaríamos da mesma forma a entidade”, frisou.
Afrânio pediu vistas à matéria com o intuito de o projeto ser reenviado à Casa, autorizando a concessão de direito real de uso de uma área menor que essa analisada na sessão de hoje.
Anderson Magalhães encerrou seu pronunciamento ressaltando que “quem estipula a área é a Prefeitura Municipal. Nós precisamos desenvolver o nosso trabalho, assim pegamos o que nos é oferecido”.
O centro espírita, fundado em 2010, é uma entidade sem fins lucrativos que tem por finalidade a assistência religiosa e social. A área discutida tem 2.719,83 m² e está localizada no Residencial Parque dos Buritis.
Jorn. Karla Ramos
Dep. Comunicação
14/12/2015