Projeto de Lei, que fixa o valor do subsídio mensal dos secretários municipais para a legislatura de 2017 a 2020, foi aprovado na Câmara, hoje (22). A matéria fixa a remuneração dos secretários municipais em R$ 11.008,69.
Para Franco Cartafina (PHS), que votou contra o projeto, aumentos salariais deveriam vir com contrapartidas para a população. “Entendo que secretário municipal trabalhe muito e deve ser bem remunerado, mas acredito que todos deveriam possuir nível superior. A Prefeitura está passando por momento financeiro complicado e com essa matéria estaremos aumentando as despesas do Executivo. Estou tendo dificuldade de enxergar esse projeto como uma vantagem para o governo municipal”, frisou.
Alguns vereadores falaram em Plenário sobre o grande número de servidores nomeados pela atual Administração Municipal. Marcelo Machado Borges – Borjão (DEM) sugeriu que o ideal seria diminuir a quantidade de secretarias e cargos comissionados. “Aí sim, o governo faria uma economia grande. Votarei favoravelmente ao aumento proposto, porque é mínimo o impacto que isso gera ao cofre municipal, ao contrário dos cargos comissionados”, disse.
De acordo com Paulo César Soares – China (PMN), que assim como Franco foi contra o projeto, Paulo Piau é recordista em cargos comissionados na Prefeitura. “O meu voto à proposta será não. O Brasil hoje é um país onde a fome e a miséria batem à porta de 90% das pessoas da periferia”, destacou China.
Para Samir Cecílio (PSDB), o secretário municipal deveria ser remunerado como um vice-prefeito. “Iremos combater a pobreza, as diferenças socioeconômicas, etc, com profissionais competentes, e essas pessoas precisam ser bem remuneradas. Com salário baixo, a pessoa finge que está trabalhando e o chefe finge que paga. Precisa-se de salários decentes para se ter boas equipes, competentes. O que é necessário haver é uma boa gestão pelo Executivo”, encerrou.
Jorn. Karla Ramos
Dep. Comunicação
22/03/2016