Afrânio apresenta projeto para melhorar
qualidade de vida de epilépticos
O vice-presidente da Mesa Diretora, Afrânio Cardoso (PROS), apresentou projeto que estabelece diretrizes para a "Política de Atenção à Saúde de Pessoas com Epilepsia". O distúrbio é uma síndrome neurológica, que possui como característica crises recorrentes. "Boa parte dos médicos que atendem no sistema básico de saúde não tem profundo conhecimento sobre a doença que, ali, poderia ser tratada, e faz o encaminhamento para o tratamento especializado, onde é demorado o tempo para se conseguir a consulta", frisou Afrânio.
A iniciativa prevê a garantia de acesso a profissionais e serviços de saúde especializados no atendimento às necessidades de pessoas com epilepsia; desenvolvimento e divulgação de sistema de informações epidemiológicas relacionadas ao problema; promoção de ações preventivas e educativas nas unidades de saúde e nas escolas; diagnóstico precoce; capacitação dos profissionais; combate à discriminação; publicidade das ações e dos serviços voltados à prevenção e ao tratamento desse distúrbio; fomento à realização de pesquisas sobre prevenção, diagnóstico e tratamento, entre outras.
O parlamentar enfatiza que o projeto tem como motivação maior, proporcionar aos portadores de epilepsia igualdade perante a sociedade, criando, para isso, ação afirmativa que busque evitar a discriminação e o preconceito em relação à enfermidade. "Nosso objetivo é oferecer melhoria na qualidade de vida para essas pessoas. Estes cidadãos encontram mais dificuldade em conseguir emprego por causa da doença e das crises a que são acometidos e o Poder Público não lhes oferece qualquer garantia que os caracterizem como deficientes, ficando à mercê da família, muitas vezes carente de recursos financeiros até para adquirir os remédios necessários."
Para o vice-presidente da Casa, a "falta de conhecimento, bem como o preconceito que envolve a doença têm tornado a vida dos portadores cada vez mais difícil. "Isto, além de percebermos a falta de uma política adequada de controle, tratamento e estudos acerca do tema", justificou.
Dados: Estimativas apontam que a epilepsia atinge de 1-3% da população mundial. Nos países em desenvolvimento, essa incidência pode chegar a 2%. Já nos desenvolvidos, cerca de 1% da população apresenta crises convulsivas caracterizadas como epilepsia. A OMS estima que 50 milhões de pessoas são afetadas por esta doença mundialmente. No Brasil, essa taxa é de aproximadamente 1,8%, sendo mais comum na infância.
Dep. de Comunicação
Jorn. Karla Ramos
05/02/2015