A inclusão do Projeto de Lei que reajusta os salários dos servidores públicos municipais na sessão desta terça-feira (23), preocupa o vereador Almir Silva (PR). Como presidente da Comissão de Assistência aos Servidores Municipais e Previdência Pública Municipal, Almir disse que não vai aceitar uma transferência de responsabilidade.
De acordo com o vereador, até esta segunda ainda não havia sido procurado por ninguém, nem pelo Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (SSPMU), nem pelo Executivo. O presidente da Comissão lembrou, ainda, que o secretário municipal de Administração, Rodrigo Vieira, disse que iria esperar ser procurado pelo sindicato para uma reunião, mas isto não aconteceu.
“Eu não vou admitir ninguém querer terceirizar responsabilidade, nem pra mim, nem para os demais integrantes da Comissão”, afirmou Almir, ressaltando que esta é uma responsabilidade do presidente do sindicato. “Nós estamos aqui para colaborar e não para resolver o problema”, acrescentou.
Ele reforçou ter ficado acertado que seria realizada uma nova reunião para discutir o assunto, com a presença do líder do Executivo, vereador Rubério dos Santos (MDB) e dos membros da Comissão.
“Não sou eu que tenho que marcar reunião, porque eu não sou presidente, nem fui eleito presidente do sindicato”, afirmou Almir, acrescentando que “estão trazendo uma responsabilidade de lá pra cá”.
O vereador Kaká Carneiro (PR) se manifestou, pedindo que o projeto seja retirado da pauta. Ele disse que, inclusive, protocolou um ofício direcionado para a Mesa Diretora, com a solicitação.
“Se o Executivo chamar hoje à tarde, não vai dar para apresentar a proposta em assembleia, como tem que ser feito democraticamente, acho que é a melhor saída para resolver a situação”, disse “Kaká”.
O presidente Ismar Vicente dos Santos “Marão” (PSD) comentou ter ficado acertado desde o início, quando assumiu a presidência, de que a Câmara não iria retirar nenhum projeto encaminhado pela Prefeitura, se não for a pedido do próprio Executivo. Ele também aproveitou para lembrar que o tíquete não é retroativo, apenas o reajuste do salário, e que tem servidor cobrando a votação.
O líder do governo, vereador Rubério comentou que o acerto envolve o sindicato e o Executivo e que os vereadores participam apenas a convite. “A informação que eu tive é de que o pedido deveria ser feito por escrito, o que estaria sendo providenciado hoje”, finalizou Rubério.
A primeira tentativa de votação do projeto aconteceu no dia 16 deste mês, durante uma reunião tumultuada. A proposta do governo foi de um reajuste de 8,80%, retroativo ao dia 1º de março, data-base do servidor.
Na ocasião o vereador “Kaká” chegou a pedir vistas insistentemente do projeto, porém o mesmo acabou sobrestado pelo líder Rubério dos Santos.
Jorn. Hedi Lamar Marquesedi Laedi
Departamento de Comunicação CMU
22/04/2019