Audiência discute enfrentamento às drogas
O Conselho Municipal Antidrogas (Comad) realizou no dia 27 de outubro a 3ª Audiência Pública de Enfrentamento às Drogas, com o apoio da Câmara Municipal de Uberaba. O evento aconteceu no anfiteatro do Centro Administrativo da prefeitura, e reuniu representantes de várias entidades públicas e privadas, incluindo Ministério Público Estadual, Polícias Civil e Militar, entre outros.
Os vereadores Lourival dos Santos (PCdoB), Carlos Alberto Godoy (PTB) e José Severino Rosa (PT), participaram da audiência, representando a CMU. A diretora de Atenção Especializada da Secretaria Municipal de Saúde, Maria Cristina Strama, representou o prefeito Anderson Adauto.
O Comad, criado em 2005, é um conselho que pode formular e implementar políticas no que se refere à dependência química e ao uso e tráfico de drogas. O Conselho está ligado a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social, com o objetivo de auxiliar e fiscalizar as instituições que atuam com políticas públicas sobre álcool e drogas. Regido pela Lei 10.308, é composto por 24 representantes de segmentos como Polícia Federal, Lions, Rotary, Ministério Público, União de Lojas Maçônicas e associações de bairros.
Atualmente 17 instituições estão cadastradas em Uberaba, segundo o presidente do Comad, Ricardo Aparecido dos Santos, que também é presidente da Federação Brasileira das Clínicas de Atenção a Dependentes Químicos - Febradeq. Para ele, houve muitos avanços desde que o Comad foi criado, em 2005, mas é preciso evoluir ainda mais nas discussões, uma vez que a droga, principalmente o crack, se tornou um problema de saúde pública.
O vereador e professor Carlos Godoy destacou a importância de se discutir o tema, enquanto o ex-presidente da CMU, Lourival dos Santos, que trabalha no combate às drogas através do Instituto de Valores Humanos, defende mais investimentos na prevenção.
Representantes de outras cidades, inclusive do Estado de São Paulo, como Igarapava, Colômbia e Campinas, além de Poços de Caldas (MG), participaram do encontro, apresentando as experiências vivenciadas no combate às drogas. Para o vice-presidente da Febradeq, Alexandre Cardoso Castanheira, que também administra clínicas nas cidades paulistas de Artur Nogueira e Limeira, as políticas públicas atuais ainda não são suficientes para combater a realidade das drogas.
Entre os temas discutidos na Audiência, foram abordados a criação da Secretaria Municipal sobre Drogas, implantação de clínicas involuntária, compulsória e voluntária, a ampliação dos conhecimentos das instituições e da sociedade sobre aspectos legais e de tratamento, o trabalho com os aspectos de prevenção primária, o incentivo e motivação ao tratamento da dependência química, o repasse financeiro as instituições, o projeto para doação e construção de serviços na área de dependência química, o convênio para a manutenção do projeto, e a abertura indiscriminada de instituições que trabalham na área de dependência química.
