Na sessão ordinária destinada a apresentação de requerimentos e indicações, nesta sexta-feira (14), o presidente da Comissão de Saúde da Câmara, Marcelo Machado Borges Borjão (DEM), pediu licença para se ausentar do Plenário, ao presidente da Casa, Elmar Goulart (SD), com o objetivo de protocolar junto ao Ministério Público, cópia de relatório de estudo técnico sobre a saúde levantado durante cerca de 15 dias pela Comissão.
Segundo Borjão, a Comissão vem acompanhando as inúmeras denúncias feitas sobre a má qualidade da saúde, "principalmente a falta de insumos básicos para prestação de serviço, falta de pessoal, deterioração dos bens duráveis pela falta de manutenção preventiva e corretiva, entre outras feitas pela própria população". Borjão destacou que, neste sentido, foi iniciado um trabalho técnico para analisar o cumprimento da homologação dos dados orçamentários junto ao sistema de informações sobre orçamentos públicos em saúde (SIOPS) dos anos 2013 e 2014, bem como, os prazos de apresentação dos quadrimestres dos referidos anos e se havia transmitido os dados para o SARGSUS. "Não podemos deixar essa ingerência na Saúde como está acontecendo. O conteúdo desse relatório se enquadra em improbidade administrativa. Nada do que está neste documento foi inventado. Vou entregá-lo ao MP para mostrar o atraso na prestação de contas da Saúde". Borjão ainda lançou, na Tribuna, um desafio ao Executivo. "Desafio o prefeito Paulo Piau a ir às UPAs e ouvir as diversas reclamações da população. A saúde de Uberaba está um caos e, se eu estiver errado, eu renuncio o cargo de vereador. E não estou de picuinhas, faço meu trabalho com seriedade". Ismar Vicente dos Santos Marão (PSB), vogal da Comissão, completou a fala do colega destacando que "faltam muitos remédios no almoxarifado da Secretaria de Saúde".
Borjão explicou que esse será o primeiro relatório entregue ao Ministério Público. "Iremos fazer agora um levantamento relacionado às notas superfaturadas. Existe compra, 100% superfaturada, de colírios [de acordo com denunciante]. Devemos tomar as devidas providências, porque saúde é importante sim dentro do município", finalizou.
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