CMU aprova projeto que define área para
Hospital Regional
Foi aprovado hoje (19/10), durante a sessão ordinária, o Projeto de Lei 209/09, que define o local do Hospital Regional. A matéria “autoriza a desafetação de suas características de uso comum do povo, para atribuir uso específico”. A desafetação é uma exigência legal para aperfeiçoamento e regularização cartorária da área indicada para a construção do referido hospital. A reunião contou com a participação do secretário municipal da Saúde, Valdemar Hial.
O líder do prefeito, vereador Cléber Cabeludo (PMDB) fez um breve relato do projeto, informando que a referida área tem, ao todo, mais de 10 mil m². Ele disse ainda que para a viabilização do projeto existem recursos do Governo Estadual, com contra partida do município. O secretário Hial explicou que o hospital contará com 170 leitos para atendimento de referência e de média complexidade. Ele revelou ainda que entregará amanhã o projeto do hospital em Belo Horizonte, com a expectativa de que seja efetivado o mais rápido possível. Hial disse ainda que o Estado disponibilizou R$ 10 milhões para este ano e outros R$ 10 milhões para o próximo. “O Estado liberará R$ 20 milhões em duas parcelas e o município disponibilizará R$ 5 milhões para o projeto. Com o aval do Estado, o prefeito já solicitou que a licitação aconteça com urgência, no sentido de viabilizar o projeto”, disse o secretário.
Posicionamentos – O vereador Almir Silva (PR) foi categórico ao questionar se o hospital sairá ou não do papel, visto que a muito se fala da questão. Hial garantiu ao vereador que aprovado o projeto e liberado o recurso, com certeza a obra terá inicio, concretizando o projeto. Almir ainda destacou a importância dos políticos que buscam propostas de outros e a efetivam. “Esta proposta foi de Fahim, que perdeu a eleição, mas o governo municipal viu a necessidade e está correndo atrás para concretizar. É assim que os políticos devem agir, ou seja, para o bem do povo e não de interesses pessoais”, avaliou.
O vereador João Gilberto Ripposati (PSDB), questionou se o projeto contempla as questões de trânsito, visto que o local já tem um grande tráfego. Ele demonstrou também, preocupação com o período eleitoral em 2010. “Temos que ficar atentos à questão do trânsito, pois, a situação ficará caótica com o hospital. E outra preocupação é o período eleitoral. Se o projeto não tiver, ainda este ano, uma definição, o ano que vem será complicado”, destacou, perguntando ainda se estava definido o nome do hospital, ou se será unidade. Respondendo o vereador, Hial garantiu que as secretarias afins estão atentas a questão de trânsito e que a pasta de saúde, sabe das questões eleitorais e que, por isso, está correndo atrás para viabilizar, ainda este ano, o projeto. O secretário explicou ainda, que ficou definido que a área de saúde a ser construída será denominada de Hospital Regional de Uberaba. Ele disse ainda que, na mesma área, futuramente, será construída uma Unidade Regional de Especialidade, que contará com recursos do Governo Federal e do Município.
Já o vereador Carlos Alberto de Godoy (PTB) pediu explicações sobre a questão da logística e manutenção do hospital, bem como a participação do Conselho Municipal da Saúde no projeto. Para muitos, disse ainda Godoy, o hospital não deveria ficar próximo ao cemitério da cidade. O secretário de Saúde afirmou que houve um amplo estudo sobre o melhor local, ficando definido que na avenida da Saudade atendia, pois, ficava entre avenidas que permitem um fluxo maior de veículos, como, por exemplo, Alexandre Barbosa, Dona Maria Santa Borges, a própria avenida da Saudade e Nenê Sabino, sem contar a proximidade com a rodovia BR 050. Sobre a questão da manutenção do hospital, Hial garantiu que o município está cuidando desta questão, no sentido de buscar uma gestão dinâmica. Em relação à participação do conselho, o secretário disse que foi efetiva, principalmente, no tocante aos estudos sobre a quantidade de leitos. “Teremos no hospital 30 leitos de UTI, sendo que no momento serão 20 e 10 de reservas. Também, em conjunto, diminuímos os leitos de observação, que agora serão 20 e três de isolamento. Fechamos com 170 leitos, com projeção para 180. E garanto que o Conselho foi importante nesta discussão”, explicou.
Os vereadores Luiz Humberto Dutra (PDT), Jorge Ferreira (PMN) Antônio dos Reis Gonçalves Lerin (PSB) e Itamar Ribeiro de Rezende (DEM), votaram favorável ao projeto, mas afirmaram ser contra o local. Para eles, a prefeitura deveria viabilizar a obra em outro espaço. Eles disseram ainda que, só votariam devido à relevância da matéria para a sociedade e até mesmo para garantir tempo hábil para a vinda de recursos. Sobre isso, Lerin lembrou ainda que, inicialmente, o Estado tinha R$ 20 milhões para o projeto, mas que agora são R$ 10 milhões, pois o restante foi encaminhado para outras cidades, devido a projetos do Estado. O vereador Dutra, que havia sugerido que o hospital fosse construído na área do Uberaba Tênis Clube, destacou que agora, a prefeitura tem que dar uma definição para aquela área que se encontra abandonada.
Os vereadores José Severino Rosa (PT), Samuel Pereira (PR) e o presidente Lourival dos Santos (PCdoB), se posicionaram favoráveis ao local e destacaram a necessidade de viabilizar o projeto com urgência, visto a importância de um hospital regional para a comunidade uberabense e da região.