A vereadora Denise da Supra, durante sessão plenária desta segunda-feira (28), teceu novas críticas ao governo da prefeita Elisa Araújo. Há pouco tempo, a parlamentar chamou a atenção da administração municipal, em Plenário, para a aplicação de lei que proíbe a comercialização, soltura e o armazenamento de fogos de artifício com estouro [norma aprovada na Câmara no ano passado e promulgada pelo Legislativo].
Ontem, Denise demonstrou sua insatisfação com o serviço prestado pela Superintendência de Bem estar Animal na cidade. “Não há entendimento entre o Secretário de Meio Ambiente, Prefeita e Superintendente. Minhas críticas à prefeita são puramente com o objetivo de ajustes e melhorias nas ações da causa animal. Os serviços da causa animal simplesmente não funcionam como deveriam em Uberaba. O que Elisa disse em entrevista em rádio da cidade simplesmente não condiz com a realidade. Acredito que a prefeita desconheça a gravidade da situação, e que suas falas são baseadas naquilo que é repassado a ela pela Superintendência. Mas apesar de todas as minhas queixas, agradeço o secretário de Meio Ambiente, Edno César da Silveira, que sempre demonstrou interesse em atender minhas demandas”. Elisa Araújo afirmou, naquela oportunidade, que o convênio entre prefeitura e Hospital Veterinário para assistência médica aos animais do município não foi interrompido. A parceria visa acolher, tratar e reabilitar animais em situação de rua, comunitários, de tutores de baixa renda, de ONG's e protetores independentes, e da população em geral. “Não foi desfeito o convênio. Nunca se investiu tanto dinheiro na causa como agora. Foram feitos mais de 11 mil exames, 3.200 atendimentos e 700 cirurgias. Investimos de mais de R$4 milhões na causa animal”, disse a prefeita durante entrevista à Rádio JM, e exibida por Denise durante a sessão de ontem na Câmara.
Denise reclama que os canais oficiais de comunicação do Executivo não são capazes de oferecer atendimento rápido, eficiente e humanizado à população. “O atendimento via Whatsapp simplesmente não funciona. As pessoas enviam mensagens para obter atendimento ou informações e ficam sem respostas durante dias”, contou. A queixa de Denise foi endossada por seu colega Caio Godoi, que afirmou não obter respostas pelo canal oficial de comunicação da Superintendência há algum tempo. “A maioria das pessoas envolvidas com a causa animal não são simpatizantes da atual gestão, pois não conseguem respostas para suas perguntas”, disse.
Denise mostrou ainda na reunião notícia publicada em veículo de comunicação da cidade, no início deste ano, anunciando a inauguração do Ambulatório Pet para o fim de 2023. “Dá dó ver a situação do prédio construído para abrigar o ambulatório. Acredito que cerca de 70% está concluído, mas a construção está deteriorando-se. É dinheiro público que foi investido pra nada”, lamentou. A inauguração do ambulatório estava prevista para 2020, mas nunca recebeu os primeiros animais para atendimento médico. A obra, localizada no Centro de Controle de Zoonoses e Endemias, foi abandonada pela construtora e encontra-se vazia e sem uso.
Jorn. Karla Ramos
Dep. Comunicação da CMU
29/08/2023
