Dentro das propostas realizadas pela vereadora Denise Max (PR) para acabar com o uso de veículos de tração animal no Município, está a criação de um Centro de Equoterapia. A sugestão encaminhada ao prefeito Paulo Piau é de que o local seja utilizado para prestar um atendimento gratuito, utilizando animais abandonados para atender pessoas de baixa renda, portadoras de deficiências físicas ou mentais e/ou com necessidades especiais.
A vereadora explicou que a equoterapia é um método terapêutico e educacional, que utiliza o cavalo dentro de uma abordagem multidisciplinar e interdisciplinar, nas áreas de saúde, educação e equitação, buscando o desenvolvimento biopsicossocial de pessoas com deficiências e/ou necessidades especiais. (Conceito da ANDE-BRASIL, 1999).
E os benefícios são muitos, conforme lembra Denise. Qualquer pessoa, ao praticar a equoterapia num período de apenas dez minutos de contato com animais, o organismo vai liberar dopamina, betaendorfina, entre outras substâncias, responsáveis pela sensação de prazer e bem-estar físico e mental. “A interação entre homem e cavalo, tem se tornado um excelente remédio contra ansiedade, depressão, estresse e baixa autoestima”, afirmou a vereadora destacando, ainda, que por este motivo o cavalo cada vez mais é reconhecido por seu surpreendente poder terapêutico.
Por ser um tratamento caro, a equoterapia acaba se tornando inacessível para muitas pessoas, lembra Denise, destacando que muitas vezes a terapia é longa, e pode durar por toda vida. “Utilizar o cavalo abandonado é uma forma de acolher esse animal e fazer com que ele receba e doe, carinho, atenção e amor para todas as pessoas que necessitam desse método terapêutico e educacional”, concluiu a parlamentar.
Além de sugerir a utilização dos “cavalos de lata”, que são carrinhos elétricos ou de pedal, como substituição aos animais, Denise também encaminhou ao Poder Executivo uma solicitação para que a Prefeitura crie um abrigo para animais de grande porte. Estes animais poderiam ser utilizados no Centro de Equoterapia, além de serem retirados das ruas e até mesmo de agonizarem até a morte, sem qualquer tipo de ajuda, como acontece com freqüência, após serem abandonados pelos proprietários, depois de anos de exploração.
Jorn. Hedi Lamar Marques
Departamento de Comunicação CMU
05/09/2016