Uberaba conta com mais de seis mil deficientes auditivos. Levanto em conta este levantamento realizado pela Escola para Surdos Dulce de Oliveira, a vereadora Denise Max “Denise da Supra” (PR), encaminhou ao prefeito Paulo Piau uma solicitação para a criação de uma Central de Intérpretes de Libras (CIL) em Uberaba.
A vereadora lembra que a maioria destes deficientes não conta em suas próprias casas um familiar que possa ser um intérprete. “Muitos sofrem para se comunicar, já que a maioria da população não sabe falar utilizando a língua de sinais”, disse Denise. Segundo ela, a situação fica ainda mais complicada quando essas pessoas precisam ir ao médico, ou mesmo a um órgão público, por exemplo, onde não existe um intérprete de libras para
atendê-las.
Ainda de acordo com a representante do Legislativo, ao criar a Central de Intérprete de Libras, o Poder Executivo vai cumprir a Lei Estadual número 10.379, de 10 de novembro de 1991, “que determina acessibilidade dos deficientes auditivos às repartições públicas voltadas para o atendimento externo, por meio de tradução e interpretação da Língua Brasileira de Sinais, ampliando a comunicação e interação entre ouvintes e deficientes auditivos, fundamentada na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência”.
Denise explicou que a Central poderá atuar, ainda, como um local onde o deficiente auditivo terá um ponto de apoio, pois poderá agendar previamente um intérprete de libras para acompanhá-lo em hospitais, tribunais, entrevista de emprego, delegacia e outros locais de atendimento público, além de atendimento virtual, através de webcam, possibilitando a utilização online da Língua Brasileira de Sinais (Libras).
“A Central também poderá disponibilizar atendimento ao surdo, quando este precisar de intermediação para assuntos particulares”, acrescentou a vereadora, lembrando que este contato poderá viabilizar a comunicação entre surdos e ouvintes.
Jorn. Hedi Lamar Marques
Departamento de Comunicação CMU
31/07/2017