Cerca de 10% da população em geral sente dor. Dessas dores em torno de 30% são dores chamadas neuropáticas, ou seja dores por lesão do sistema nervoso central. Médico neurologista Dr. Jaime Olavo Marquez, professor aposentado da UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro), um dos primeiros doutores na área neurológica do país, com pós-doutorado nos Estados Unidos, explica que cada pessoa possui um limiar da dor. Ela é sensorial, cabe ao especialista acreditar na queixa e promover o tratamento adequado.
Ele ressalta que muitas dores intensas possuem causa mais profunda, assim o paciente deve ser observado como um todo. Problemas psicológicos, com chamadas "dores na alma", podem ser somatizadas e afetar o corpo"Existem, também, várias dores persistentes nas áreas de reumatologia e ortopedia, sendo que a dor crônica de 25% dos pacientes tem relação com o aparelho locomotor", revela o especialista.
Defensor de políticas públicas para tratamento da dor crônica, Dr. Jaime Olavo, enquanto presidente da Sociedade Brasileira de dor, encaminhou projetos para autoridades federais, estaduais e municipais. Em Uberaba ele atuava na clínica de dor no município, com cerca de 3.500 pacientes cadastrados, no entanto, lamenta a desativação do serviço, há cerca de um ano, interrompendo o acompanhamento aos doentes.
Mais informações sobre dor está na entrevista no Programa Movimento, Canal Câmara, que vai ao ar sexta-feira, (27), às 14h30 e às 21 horas, no Canal Câmara 61.3. Produção do Departamento de Comunicação do Legislativo.
Jornalista Evacira Coraspe
Departamento de Comunicação da Câmara
(26.03.2015)