Em iniciativa inédita, Marão faz parceria com técnicos de universidades para discutir o Plano Diretor

09/07/2019 16:51

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O presidente da Câmara Municipal de Uberaba, Ismar “Marão” (PSD), teve iniciativa inédita de chamar professores e técnicos de universidades do Município para discutir a minuta do Plano Diretor da cidade. Reunião preliminar foi realizada nesta terça-feira (09), para que fossem apresentadas as propostas de ampliar o debate.

A maioria dos vereadores participou da reunião, além de assessores e o procurador Diógenes Sene, entre outros. O engenheiro civil e professor da UFTM, Antônio Carlos Evangelista, explicou que, após realizarem consulta pública no material divulgado pela Prefeitura, percebeu que não sabiam o que constava no Plano Diretor e o que estava sendo extinguido. “A Faculdade tem capacidade técnica de fazer uma parceria para prestar consultoria em várias áreas”, afirmou o professor, destacando temas como meio ambiente e loteamentos, por exemplo.

Segundo Antônio Carlos, a intenção é de discutir e formatar as propostas, inclusive com as participações de representantes da Uniube e IEATM, instituições que podem contribuir e agregar valor ao território. “É preciso gente para planejar a cidade. A decisão final é do gestor público, mas podemos contribuir”, finalizou o engenheiro.

A arquiteta da UFTM, Veruska Bichuetti, lembrou que o Plano Diretor é revisto a cada dez anos. “Eu acredito que seja uma oportunidade para traçar estratégias para médio e longo prazos”, acrescentou.

De acordo com a arquiteta, paralelamente às discussões foi montado o grupo ‘Observatório Urbano’, o qual analisa quais as consequências futuras e os impactos da legislação. O grupo é formado por docentes, técnicos e discentes de graduação e pós-graduação, com formações em áreas diversas como engenharia, arquitetura e geografia.

Veruska disse que o objetivo é expor as informações técnicas aos vereadores, com a proposta de que o ‘Observatório’ caminhe junto com o Legislativo. A intenção é de que o processo de revisão seja realizado no menor prazo possível, pensando nos próximos 10, 20 anos. A arquiteta destacou, ainda, que o Plano Diretor vem junto com outras legislações, mas diz muito sobre como as coisas podem transcorrer.

“É um projeto extenso, que carece de estudo cuidadoso. Não queremos ser contra nada que está na lei, mas sim fazer uma análise técnica”, afirmou Veruska, lembrando que as universidades estão sempre produzindo materiais sobre a cidade.

O presidente “Marão” comentou que a Câmara pode apresentar emendas em cima das propostas apresentadas. O vereador Agnaldo Silva (PSD) destacou que o PD não tem prazo e que todas as discussões precisam ser esgotadas. “Tem muitas falhas que precisam ser ajustadas”, avaliou o vereador.

Segundo a arquiteta Veruska, o grupo pretende fazer a leitura do Plano como um todo, e não defender propostas específicas de cada universidade. O geógrafo e mestre em arquitetura Leonardo José Silveira, representando a UFTM, comentou que pretendem passar conhecimento para os vereadores, pois existem muitos termos técnicos. “É preciso planejar e pensar a cidade, senão tudo vira um caos”, afirmou, lembrando que, devido a erros de planejamento, a cidade pode até mesmo perder a capacidade de investimentos.

O engenheiro civil e professor da Uniube, Plauto Riccioppo, disse que quer contribuir nas questões das áreas verdes, pois são de interesse público e entende que várias melhorias podem ser realizadas. Ele destacou que a universidade produz muito conhecimento, mas muitas vezes fica restrito ao seu universo

Ficou acertado entre os representantes das Universidades e vereadores que será montado um cronograma de trabalho. Para o presidente do Legislativo, a iniciativa é um marco na história da Câmara Municipal. “Marão” lembrou que o assunto deve ser discutido pelos próximos meses e que a intenção é de apresentar uma proposta pronta ao Executivo.

Uma Audiência Pública sobre o tema será realizada futuramente. O líder do governo na CMU, vereador Rubério dos Santos (MDB), se manifestou e defendeu o trabalho realizado pela Prefeitura. Mesmo assim, ele disse entender que é necessário discutir o assunto, para que sejam aprovadas as melhores propostas.

 

 

Jorn. Hedi Lamar Marques
Departamento de Comunicação CMU
09/07/2019

 

 

 

 

 

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