Com projeto aprovado na Câmara Municipal, ontem (08), fica instituído o “Dia Municipal do Veganismo” em Uberaba, de autoria da vereadora Denise da Supra.
O objetivo da vereadora com a proposta é difundir o veganismo e diminuir o preconceito da população sobre esse modo de vida. Denise convidou a vegana Lourdes Machado para falar durante a sessão um pouco sobre este estilo de vida.
Lourdes explicou que o veganismo se transformou em um movimento político, ético e de estilo de vida, que busca excluir, na medida do possível e praticável, todas as formas de exploração e crueldade contra animais na alimentação, vestuário e qualquer outra finalidade e, por extensão, que promova o desenvolvimento e uso de alternativas livres de origem animal para benefício de humanos, animais e meio ambiente. A produção de um quilograma de carne bovina requer 15.415 litros de água, de acordo com estimativas da Water Footprint. “É importante destacar que no preparo dos alimentos veganos quase nada dos vegetais é descartado (cascas, sementes, etc). O veganismo ensina famílias de baixa renda a aproveitarem melhor os alimentos. Quem segue este estilo de vida mostra para a sociedade que é possível conviver de forma harmônica com os animais, poupando-lhes a vida e preservando o meio ambiente. Se cada pessoa recusar qualquer alimento de origem animal por apenas um dia na semana, ela já estará contribuindo de forma considerável com o meio ambiente”, disse. Dados do Ibope Inteligência, divulgados em novembro de 2022, revelam que os adeptos ao veganismo representam 3,2% da população brasileira, ou seja, sete milhões são veganos.
Denise destacou que no veganismo a vida dos animais é poupada e o meio ambiente preservado. “Sem maus-tratos e sofrimento de animais e sem abrirmos mão de uma alimentação saborosa. Vale ressaltar que essa filosofia se trata não somente da alimentação vegetariana (isenta de carnes, ovos, leites e derivados), mas também se preocupa com o que se veste (lã, couro, seda). Quem segue o veganismo desaprova produtos de limpeza, higiene pessoal e cosméticos que usam animais em testes e/ou mão de obra “escrava” (exploração humana)”, afirmou. Segundo especialistas, a dieta vegana não é carente de proteínas e nutrientes, portanto, não traz prejuízos à saúde.
A autora da proposta contou que no “Dia Municipal do Veganismo”, a ser comemorado anualmente no dia 1º de novembro, poderá ser organizada feira com degustação de alimentos veganos; apresentação das marcas de cosméticos veganos; roupas, sapatos e outros produtos veganos; palestras sobre veganismo; e distribuição de receitas veganas. O “Dia Municipal do Veganismo” será uma data especial que conscientizará a sociedade uberabense que é possível ser vegano sem prejuízos para saúde, animais e meio ambiente”, encerrou.
Jorn. Karla Ramos
Dep. Comunicação da CMU
09/08/2023
