O meu voto contrário ao Plano Plurianual (PPA) não foi político e, sim técnico. Como vereador, sinto-me na responsabilidade de votar em o que é bom para a população e, o projeto, como um todo, foi mal formulado, deixando questões orçamentárias importantes de fora do planejamento orçamentário.
Inclusive, não havia previsão legal para o Piso do Professores, conforme vem sendo divulgado através de fake news. Ou seja, o município não incluiu este orçamento no PPA.
E não fica por aí. Sequer havia previsão de orçamento para a inclusão de recursos para a construção de conjuntos habitacionais destinado a famílias de baixa renda – recursos os quais tentei incluir, através de emenda parlamentar da ordem de R$ 5 milhões para a conclusão do girassóis e aporte de recursos para o Alfredo Freire e ou loteamento a ser construído no bairro 2000 . Que se quer foi objeto de discussão pelo líder da prefeita na câmara que nem se dignou a atender o telefone! Como comungar com um projeto que excluía alto tão essencial ao cidadão como a casa própria?
E o pior, dias atrás correu nas redes sociais considerações da inábil secretária adjunta de Educação Municipal tecendo lamentáveis inverdades e calúnias contra vereadores, entre os quais estou incluído, a propósito da rejeição do PPA, Independente da ignorância da servidora,
Reforço que o PPA encaminhado à Câmara chegou com vícios de origem, o que de pronto já inviabilizaria sua aprovação. Portanto, ao rejeitá-lo, houve sim, um cuidado necessário para que pudesse ser revisto e, oportunamente, quando reencaminhado, apreciado dentro dos parâmetros regulares para sua devida apreciação.
O que não é possível admitir são comentários levianos que deturpam nosso papel e responsabilidade diante de matéria de extrema importância e seriedade.
A menção desastrosa da referida servidora, com provocações e marcações de vereadores nas redes sociais, instigando a população com infundadas informações, inclusive com um português sofrível para quem ocupa alta função na pasta que cuida simplesmente da educação .
Reafirmo nossa indignação quanto a maneira inconsequente, altamente danosa para a salutar relação entre os poderes Executivo e Legislativo, essencial ao bom desempenho das práticas e políticas públicas para a nossa cidade.
Fica difícil desvincular e individualizar referidas atitudes sem associar ao Poder Executivo como um todo. Quando servidor de alto escalão vem a público e expressa uma posição de natureza política-administrativa imediatamente essa posição é associada a um entendimento majoritário do Poder Executivo, consequentemente à prefeita Elisa Araújo.
Creio que esse episódio precisa de uma contundente manifestação da prefeita no sentido de se fazer Justiça e repelir com veemência a leviandade e calúnia direcionadas a vereadores. E desmentir o entendimento da referida ocupante do cargo comissionado.
Fica aqui o desejo de colaborar para uma próspera relação entre os poderes, mas registro a necessidade da devida manifestação da prefeita em um infeliz e desastroso gesto contra um dos essenciais princípios da democracia, que é o do legislador atuar conforme sua consciência e observância ao rigor da lei.
Este é o meu repúdio, meu protesto e se vale um conselho: olhem para frente e façam algo para ajudar o Executivo e principalmente Uberaba!!
Marcos Jammal
Assessoria do vereador
Uberaba,02/06/2021
