O vereador Samuel Pereira (PR) está cobrando mais fiscalização por parte da prefeitura, no que diz respeito à prática de soltar papagaios por crianças e adolescentes. O problema é de que inocente a brincadeira não tem nada, principalmente quando são utilizadas linhas com cerol ou mesmo a perigosa linha chilena.
Devido ao período de férias, é muito comum encontrar garotos, até mesmo adultos, brincando com pipas. No caso das crianças, lembra o vereador, o perigo é ainda maior, pois as mesmas ficam distraídas com a brincadeira e acabam se arriscando pelas ruas, atravessando na frente dos veículos e podendo ser atropeladas.
Samuel é autor de um Projeto de Lei, aprovado pelo Legislativo no ano passado, que proíbe na cidade a comercialização da linha chilena no município, assim como já acontecia com o cerol. “Tem que ter mais rigor na fiscalização”, afirmou o parlamentar.
O vereador também esclareceu que o problema não é soltar pipas, e sim colocar as vidas das pessoas em risco, principalmente motociclistas e ciclistas. Já foram vários os casos registrados de vítimas que sofreram cortes no pescoço por causa do perigoso hábito de utilizar as linhas proibidas, até mesmo com mortes.
A população também pode sentir as conseqüências da “brincadeira”, com a falta de energia elétrica. É comum que as pipas se enrosquem nos fios de alta tensão, sendo que as linhas podem romper os cabos da rede e ainda provocar curtos-circuitos quando as pessoas tentam retirar os papagaios.
Outro aspecto lembrado por Samuel é a dificuldade que a população enfrenta para denunciar a irregularidade. Ele disse ter tomado conhecimento sobre o problema, que o Poder Público precisa resolver. Segundo o representante do Legislativo, é preciso que as autoridades forneçam um canal de comunicação para a população realizar as denúncias, de forma que os agentes ajam de forma preventiva, antes que mais alguém se machuque ou vidas sejam perdidas.
Linhas proibidas - Enquanto o cerol é fabricado artesanalmente com uma mistura de cola e pó de vidro, a chamada linha chilena é industrializada e tem como componentes o óxido de alumínio e quartzo moído, o que lhe confere poder de corte muito superior.
A venda e uso da linha chilena são proibidos em Minas Gerais, segundo a Lei Estadual 14.349/02, mas o produto pode ser facilmente adquirido em outros estados ou até mesmo pela internet.
Jorn. Hedi Lamar Marques
Departamento de Comunicação CMU
27/07/2015