O andamento das obras da avenida Interbairros motivou um convite realizado pelos vereadores ao secretário municipal de Obras, Marcondes Nunes de Freitas. O representante do Executivo esteve no Plenário da Câmara nesta quinta-feira (20), durante a última sessão do mês de setembro.
Apenas os vereadores Almir Silva (PR) e Rubério dos Santos (PR) não assinaram o requerimento.
As obras da avenida Lincoln Borges de Carvalho, também conhecida como avenida Interbairros, já se arrastam há um bom tempo. Segundo o secretário, que assumiu o cargo em maio deste ano, a licitação inicial não previu o tipo de terreno que encontraria, pois, o mato encobria as rochas do morro.
Segundo Marcondes, o prazo inicial previsto para a obra era de seis meses, mas isto não aconteceu, devido a vários problemas. Ele contou que a ganhadora da licitação, a empresa Nobrega Pimenta, de Uberaba, chegou a iniciar as obras, mas a segunda colocada, empresa RN, de Belo Horizonte, entrou com um recurso jurídico e conseguiu reverter o resultado, assumindo a obra.
De acordo com o secretário, na planilha estava prevista a demolição das rochas através da perfuração, porém isto não foi possível e o Município precisou pedir autorização do exército para usar explosivos, o que provocou ainda mais atrasos.
Conforme a explicação de Marcondes, durante a execução surgiram minas d’água, sendo necessário realizar um sistema de drenagem mais complexo, com tubulações nas laterais da pista e nos canteiros centrais, além de um colchão drenante de 90 centímetros de altura, formando um subleito, entre outras medidas necessárias.
“No trecho um, próximo a rotatória, está sendo executada a base, o dois está pronto e o três também precisou de drenagem em um trecho, para interligar com a rede existente”, acrescentou. O secretário informou, ainda, que no trecho cinco também faltam serviços, como a pavimentação, além da obra do viaduto Cirella, sobre a linha férrea do VLI, que deverá ser iniciada até o final deste ano. O viaduto tem previsão de ser concluído no prazo de um ano, sendo estimado em R$ 2,3 milhões.
O titular da pasta lembrou que a conclusão da obra vai proporcionar acessibilidade com rapidez e facilidade na mobilidade urbana, para os bairros Jardim São Bento, Jardim Espírito Santo, Vila Militar, Residencial Tancredo Neves, Nenê Gomes, Deolinda Laura, Monte Castelo, Boa Vista, condomínio Cirella I e II e conjunto Morada do Sol. Além disso, vai descongestionar todo o trânsito das ruas João Pinheiro e Luxemburgo.
O vereador Ismar Vicente dos Santos “Marão” (PSD), concordou que foram vários os problemas com a obra, e que o prefeito Paulo Piau sempre esteve atento para o problema. Porém, conforme ele lembrou, a população não aguenta mais tanta demora, pois a obra atinge uma região grande, causando vários transtornos aos moradores.
“Marão” disse que ele e o vereador Agnaldo Silva (PSD) estiveram com o proprietário da construtora, que alega uma coisa, enquanto a Prefeitura alega outra. Ainda de acordo com o vereador, o prefeito Paulo Piau deu um prazo até o final de outubro para a obra ser concluída.
“Eu moro em frente a avenida e sou cobrado todos os dias, nós precisamos de uma resposta”, afirmou o vereador. Outros vereadores também questionaram a demora, pois todos sempre são cobrados pela população. Houve também reclamações com relação ao atendimento de solicitações dos parlamentares à secretaria, como visitas a obra, por exemplo.
O vereador Samuel Pereira (PR) sugeriu que o líder Almir Silva (PR) marque uma reunião com o prefeito e com o secretário municipal de Governo.
Marcondes explicou que para iniciarem o asfaltamento é preciso que não esteja chovendo. “Se as chuvas não atrapalharem, conseguimos terminar até o final de outubro”, disse ele. Sobre os atendimentos aos vereadores, o secretário disse que sempre recebe a todos, independentemente de quem seja, da mesma forma. “Mas tem momentos que não posso dar a atenção que deveria, por causa de compromissos do dia”, argumentou.
O presidente Luiz Dutra (MDB) comentou que a empresa responsável não tem estrutura e cacife para fazer a obra, que fica atrasada. “Entrar na justiça para trocar também não adianta, pois iria atrasar ainda mais”, avaliou.
Jorn. Hedi Lamar Marques
Departamento de Comunicação CMU
20/09/2018