Sinhores pede apoio da Câmara Municipal para defender flexibilização do seguimento de bares e restaurantes

20/05/2021 16:03

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Representantes do Sindicato dos Proprietários de Hóteis, Bares, Restaurantes e Similares de Uberaba (Sinhores) pediram o apoio da Câmara Municipal à flexibilização e a liberação do atendimento presencial no seguimento para todos os dias da semana. Um ofício foi encaminhado à presidência do Legislativo.

Na última quarta-feira (19) o presidente do sindicato, Frederico Argente Masson, e o tesoureiro Fernando Abdala, participaram da reunião online a convite do vereador Fernando Mendes. Eles falaram sobre as dificuldades que o setor vem sofrendo por causa da pandemia da Covid-19.

O Sinhores representa mais de duas mil empresas da cidade, que geram aproximadamente dez mil empregos. O Sindicato também pediu apoio para desenvolver uma campanha publicitária, que pretende trabalhar com quatro eixos, protocolos sanitários, importância do setor, fiscalização e mudança de narrativa, através de vídeos institucionais, além de campanhas online e offline.

O objetivo principal, segundo Fred Masson, é trabalhar a conscientização dos proprietários dos estabelecimentos e clientes. Para o presidente do sindicato, atualmente não cabe mais fazer lockdown, pois o setor não agüentaria, “seria uma falência geral”, afirmou. Ele explicou que meses atrás propuseram parar tudo, mas a administração municipal não aceitou. “Eles decidiram fechar apenas o comércio, mantendo o resto funcionando, mesmo com a gente argumentando que não iria adiantar”, acrescentou.

O tesoureiro Fernando Abdala reafirmou que a quantidade de pessoas que estão passando fome só cresce. “A única saída é a vacina, não questionamos a gravidade da situação e procuramos fazer a nossa parte, trabalhando com campanhas publicitárias de conscientização, conversando com a Seds, e pedindo a fiscalização de quem está trabalhando de forma irregular”, disse ele, destacando que “não dá para colocar no mesmo pacote aquele que não está cumprindo as regras”.

Fernando afirmou que estão dispostos a realizar a testagem em massa, mas que o setor não suporta mais um novo fechamento. Ele pediu o apoio dos

vereadores, para que contribuam com a causa e possam ter condições mínimas de trabalho, de forma responsável, além de discutir com o Executivo as melhores formas de que o seguimento não seja ainda mais penalizado.

Autor do convite, o vereador Fernando Mendes, que é proprietário de restaurante, disse que todos estão defendendo o emprego e a vida, que traz dignidade e é libertador. “A falta de emprego é pior que o Covid 19, pois ela tira a honra, a dignidade e, consequentemente, pode tirar também a liberdade e as vidas, e se tornar um cativeiro permanente destas pessoas”, acrescentou.

O parlamentar contou a própria experiência, pois meses atrás tinha quatro empresas e hoje só tem um restaurante, que lucra de 30 a 40% do que era nesta única unidade. “Todos estão tentando sobreviver”, finalizou Fernando Mendes.

Fred Masson contou que tem comprado briga com vários proprietários de estabelecimentos que não estão cumprindo as regras, pois defende que estes estabelecimentos sejam lacrados. “A clandestinidade hoje tem tomado conta, tanto as festas clandestinas, quanto estes que têm funcionado fora das regras”, disse o presidente do sindicato.

O sindicalista também deixou claro que não defende quem trabalha sem responsabilidade, e que é preciso encontrar um equilíbrio. “Nós estamos propondo uma solução, um protocolo baseado naquilo que a gente constata diariamente, queremos coibir a clandestinidade. Este formato atual não coíbe a clandestinidade que é a responsável por nos colocar em situação muitas vezes delicada, para pleitear as demandas para atender as pessoas que estão agindo dentro do bem”, defendeu.

De acordo com Fred, é preciso conscientizar os clientes para que não freqüentem mais locais que não estão agindo de acordo com as regras sanitárias. “Estamos sempre à disposição para encontrar soluções, em parceria com Executivo, Legislativo, sociedade civil e iniciativa privada”, concluiu.

 

 

 

 

 

Ofício questiona medidas e propõe mudanças no funcionamento do setor

 

O ofício encaminhado pelo Sinhores à Câmara Municipal destaca a dura realidade enfrentada nos últimos meses, com o crescimento expressivo do número de óbitos decorrentes de complicações da Covid-19 de um lado, e do outro os decretos que determinaram o fechamento ou restrição de horários de grande parte dos estabelecimentos do setor de bares e restaurantes, que resultaram em centenas de demissões e o agravamento da situação de fome de inúmeras famílias.

Segundo um levantamento feito até o mês de fevereiro, cerca de mil pessoas que trabalhavam no seguimento haviam perdido o emprego na cidade. Porém, no entendimento dos representantes do sindicato, ficou claro que o fechamento ou restrição de horário de funcionamento dos bares e restaurantes em nada contribuíram para amenizar as complicações da doença. “Não há informações concretas ou comprovação científica que justifique a eficiência de tais medidas que afetam prioritariamente o setor mencionado”, afirmou no ofício.

Os sindicalistas ainda defenderam que existem inúmeras pesquisas, as quais mostram que oferecer um ambiente controlável e fiscalizável, para que haja um mínimo de convívio social entre pessoas do mesmo âmbito familiar, é menos nocivo para a disseminação do vírus do que manter os estabelecimentos fechados, ou com abusivas restrições de horário. Tudo isto, segundo eles, favorecem os encontros em residências, chácaras e demais locais onde não há controle algum do número de frequentadores, ou mesmo alguma regra sanitária ou de distanciamento.

O Sinhores defende e pede o apoio da CMU para reivindicar ao Executivo a flexibilização e a liberação do atendimento presencial dos bares e restaurantes para todos os dias da semana, no horário das 11às 23 horas, com tolerância de 60 minutos para encerramento das atividades. O seguimento também sugere que a venda de bebida alcoólica seja permitida até a meia noite, ficando expressamente proibida a venda fora desse horário; permitir o consumo de bebidas e/ou alimentos no interior dos estabelecimentos somente a clientes sentados, exceto em balcões de serviço, desde que mantida a distância de três metros entre as pessoas.

No ofício é lembrado, ainda, o setor de eventos, que foi o mais duramente atingido pelas restrições, com milhares de demissões e falências. Segundo eles, é imprescindível a colaboração do Poder Público para que todos aqueles que dependem do setor possam se reestabelecer. A iniciativa da Assembléia de Minas, que aprovou recentemente o PL 2442, instituindo o programa Recomeça Minas, foi mencionado como exemplo que pode ser seguido pelo Município. Entre as possíveis iniciativas, foi mencionada a renegociação de dívidas tributárias e destinação destes recursos, que não possuem destinação orçamentária vinculada, para a retomada e reestruturação de empresas ligadas aos setores mais prejudicados pela pandemia.

Outra demanda apresentada pelo seguimento foi o apoio da Câmara junto ao Executivo para que tenham representantes ativos nas discussões do Comitê Técnico de Combate à Pandemia, inclusive com nomeação de membros efetivos.

O compromisso do setor foi assumido em quatro tópicos, respeitar e cumprir todos os protocolos de biossegurança exigidos para o presente momento, garantindo aos clientes ambientes seguros e sob controle; fazer campanha educativa junto aos clientes, para que nos ajudem nas boas práticas de comportamento e respeito aos protocolos, evitando novos fechamentos de bares e restaurantes; trabalhar incessantemente na conscientização dos proprietários de bares e restaurante para que sigam todas as normas do decreto, auxiliando na informação para a Secretaria de Defesa Social, incentivando que sejam os infratores sejam punidos; continuar exigindo de todos os colabores, fornecedores e entregadores o respeito e cumprimento dos protocolos de segurança.

 

 

Jorn. Hedi Lamar Marques Departamento de Comunicação CMU 19/05/2021

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