Tony lamenta falta de apoio parlamentar ao projeto do Estado do Triângulo
Fazendo uso da tribuna da Câmara de Uberaba, ontem (20), durante sessão plenária, o vereador Tony Carlos (PMDB) lamentou não ter sido eleito deputado e também não contar com apoio parlamentar para levar adiante o projeto de criação do Estado do Triângulo. Defensor desta bandeira, Tony lembrou que com a saída do deputado federal Elismar Prado, que se elegeu para deputado estadual nas últimas eleições, o projeto foi arquivado na Câmara dos Deputados.
Segundo Tony a Comissão da Amazônia, Integração Nacional e de Desenvolvimento Regional, da CD, já havia aprovado a proposta de Prado para que fosse realizado um plebiscito sobre o assunto. No Projeto de Decreto Legislativo nº 570, de 2008 e sem seu substitutivo em 2009, a criação do Estado do Triângulo se daria a partir do desmembramento de Minas Gerais, dos municípios mineiros de Abadia dos Dourados, Água Comprida, Araguari, Araporã, Arapuá Araxá, Cachoeira Dourada, Campina Verde, Campo Florido, Campos Altos, Canápolis, Capinópolis, Carmo do Paranaíba, Carneirinho, Cascalho Rico, Centralina, Comendador Gomes, Conceição das Alagoas, Conquista, Coromandel, Cruzeiro da Fortaleza, Delta, Douradoquara, Estrela do Sul, Fronteira, Frutal, Grupiara, Guimarânia, Gurinhatã, Ibiá, Indianópolis, Ipiaçu, Iraí de Minas, Itapajipe, Ituiutaba, Iturama, Lagoa Formosa, Limeira D´Oeste, Matutina, Monte Alegre de Minas, Monte Carmelo, Nova Ponte, Patos de Minas, Patrocínio, Pedrinópolis, Perdizes, Pirajuba, Planura, Prata, Pratinha, Rio Paranaíba, Romaria, Sacramento, Santa Juliana, Santa Rosa da Serra, Santa Vitória, São Francisco de Sales, São Gotardo, Serra do Salitre, Tapira, Tiros, Tupaciguara, Uberaba, Uberlândia, União de Minas e Veríssimo.
Segundo Tony, nenhum deputado da região se interessou em levar a discussão adiante, sendo o projeto arquivado no final do ano passado. O vereador explica ainda que uma das preocupações que se levanta sobre o assunto é o custeio da máquina pública com a criação do Estado, no entanto, garante Tony, no caso específico seriam gastos apenas 3,44% do orçamento, diferente de outros estados que estão sendo criados com recursos da ordem de 12%.
“Eu realmente lamento que nossos deputados não tenham o interesse de levar o projeto adiante. Até mesmo porque, seria para uma consulta popular, para ouvir o que a população acha, mas agora é tarde e foi arquivado. Quem sabe alguém avalie melhor e volte com a matéria. Acho que discutir este assunto seria importante, haja vista que nossa região sofre com a divisão de recursos”, destacou.
Na proposta agora arquivada, Prado revelou que na proposta orçamentária de 2008, apresentada pelo Governo de Minas a Assembleia, as macrorregiões do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba receberiam juntas apenas 7% do total de investimentos estatais, fato que vem se repetindo por vários anos, em que pese contribuam com o PIB mineiro na ordem de 16,3%. Minas Gerais é uma das maiores Unidades da Federação em extensão territorial, com 588 mil quilômetros quadrados, compreendendo 853 municípios (o Estado com a maior quantidade de municípios).