Famílias que realizavam velórios na capela do cemitério São João Batista denunciaram empresa funerária da cidade, argumentando que foram enganadas. As vítimas, moradores dos bairros Vila Esperança e Residencial 2000, entraram em contato com o vereador Pastor Eloisio na última segunda-feira (18).
O parlamentar falou sobre o caso no Plenário da Câmara. Segundo ele, uma das famílias contou que havia sido impedida pela funerária de abrir o caixão para se despedirem do corpo. Após a chegada do vereador e diálogo com funcionários da empresa, decidiram liberar a abertura do caixão para a família se despedir.
Porém, ao abrir o caixão, a família percebeu que não havia nenhum enfeite, nem flores, apenas papelão que cobria as pernas e vários papéis picotados, preenchendo o lugar destinado às flores. De acordo com o Pastor Eloisio, a situação provocou uma grande revolta em todos que se encontravam no local.
Neste momento, ao perceber o que estava acontecendo, outra família que velava um familiar na capela ao lado se manifestou, pois também havia sido impedida de abrir o caixão por recomendação da funerária. O vereador disse que então pediu para que o mesmo fosse aberto para que a família pudesse se despedir do corpo, uma vez que, a pessoa não teria morrido de nenhuma doença contagiosa.
Quando o caixão foi aberto, a mesma situação foi encontrada, ao invés de flores, havia papéis e papelão. Novamente a revolta tomou conta da família, que cobrava uma resposta da funerária. Após conversar com os presentes o vereador decidiu chamar a polícia no local.
A Polícia Militar esteve na capela e ouviu as famílias, sendo que logo em seguida chegou o representante da funerária, o qual tentou apaziguar, alegando que houve um erro, mas que iria resolver a situação constrangedora e desrespeitosa em que as famílias haviam sido colocadas.
Após os sepultamentos, as famílias continuaram inconformadas e o parlamentar pediu que o boletim de ocorrência fosse lavrado. Segundo ele, um dos familiares contou que paga pelo plano funerário desde a adolescência e que todos estavam decepcionados com o tratamento e a recepção oferecida pela empresa, pois não tinha disponibilizado nem mesmo uma garrafa de café para o funeral.
Já a outra família contou que pagou cerca de 2.500 reais à vista em um caixão cheio de papel misturado com papelão. “É uma triste realidade que vai despertar a população sobre esses acontecimentos, uma vez que o mesmo já pode ter acontecido com centenas de pessoas que não tiveram ninguém para peitar situações como essa e cobrar respeito da empresa com seus clientes, em um momento de dor”, afirmou Eloisio.
Assessoria do vereador Pastor Eloisio
19/04/2022