Vereadores cobram ações do Estado para diminuir a violência na cidade

15/04/2016 09:30

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A violência crescente na cidade foi tema de comentários por parte dos vereadores na manhã desta quinta-feira (14) na Câmara Municipal. O primeiro a abordar o assunto foi o vereador Samuel Pereira (PR), que demonstrou preocupação com o que está acontecendo na cidade em termos de segurança pública.

O motivo principal foi a explosão dos caixas eletrônicos do aeroporto Mário de Almeida Franco, registrados durante a madrugada. É a segunda vez que o aeroporto sofre atentado semelhante, sendo que a outra aconteceu em julho do ano passado.

De acordo com Samuel, pelo que tomou conhecimento do roubo ocorrido nesta quinta, “parecia coisa de cinema”, com direito a um carro baleado e pessoas obrigadas a se deitarem no chão. Na madrugada do dia 4 de abril, bandidos também explodiram caixas no Terminal Rodoviário.

O vereador lembrou que a responsabilidade é do Estado, com a contrapartida da Prefeitura. Ele contou que faz questão de buscar as filhas na escola, pois tem medo da violência. “A insegurança está em qualquer local, na porta de casa, das escolas, do shopping”, acrescentou o parlamentar.

Samuel comentou que está realizando reuniões em alguns bairros, a pedido de moradores, pois a população não agüenta mais tanta violência. Ele lembrou, ainda, que a cidade conta com apenas 300 policiais militares. “É preocupante, temos que buscar uma saída para que as pessoas tenham mais segurança”, constatou o parlamentar.

O vereador Ismar Vicente dos Santos “Marão” (PSD), que é policial civil, disse que situações como esta estão acontecendo diariamente. “Mas infelizmente os bancos não ajudam, às vezes para a polícia conseguir uma imagem demora um mês”, explicou “Marão”.

Sobre a insegurança na cidade, ele ressaltou que não tem policiais suficientes, uma Aisp está funcionando com três investigadores, não adianta ter policiais militares sem policiais civis, que é quem investiga.

Para “Marão”, é preciso mais policiais federais, a Guarda Municipal está carente de pessoal, ou seja, é preciso investir em todos os órgãos de segurança pública.

Sobre o assalto ao aeroporto, o vereador lembrou que estes bandidos não são da cidade, são de fora e atuam utilizando armas pesadas. “A polícia está enxugando gelo”, avaliou o vereador, citando como exemplo que na semana passada uma mesma pessoa foi presa duas vezes furtando carros.

“A pessoa mata, foge do flagrante e pode responder em liberdade. Enquanto a população está trancada dentro de casa, atrás de cercas elétricas, os bandidos estão nas ruas”, acrescentou “Marão”.

Segundo o vereador Paulo César Soares “China” (PMN), a segurança pública da cidade é um problema sério. Ele contou que na semana passada participou de uma reunião com moradores e o tenente André, no bairro Jardim Itália, onde têm acontecido inúmeros assaltos. O vereador disse que ainda durante a reunião, chegaram duas mulheres que haviam acabado de serem assaltadas.

“Só tem bandido tomando conta deste País”, afirmou “China”, ressaltando que 30 anos atrás a cidade tinha o mesmo contingente da PM de agora. Ele lembrou, ainda, que se tornou comum comerciantes serem assaltados várias vezes em uma mesma semana.

“Marão” comentou que o titular da Secretaria Executiva do Conselho Municipal de Segurança (Conseg), Emanuel Kappel, recentemente realizou uma pesquisa e constatou que Uberaba perde em todos os sentidos para Uberlândia, na questão de segurança, sendo que a cidade vizinha tem mais de 700 mil habitantes.

O vereador Afrânio Cardoso de Lara Resende, que também é policial civil, destacou que o problema é muito maior que apenas em Uberaba. Ele comentou que em 1995 a cidade contava com 705 PMs, e desde então a população vem crescendo, sendo que hoje são aproximadamente 300 policiais.

Afrânio ressaltou que faltam todas as estruturas, pois as polícias não têm sequer viaturas para trabalhar. “A questão precisa ser tratada em nível do governo do Estado”, afirmou o vereador, lembrando que o Município também vai precisar fazer a sua parte.

“Enquanto os bandidos utilizam armas pesadas, os policiais civis contam com no máximo uma ponto 40”, comparou Afrânio. Ele pediu a presidência da Casa que agende uma reunião com o secretário de Segurança Pública do Estado, para que os vereadores possam cobrar e mostrar a indignação com tudo o que está acontecendo.

Para o presidente e delegado aposentado Luiz Dutra (PMDB), primeiro é preciso começar a resolver a questão em Brasília, para depois fazer o mesmo no Estado.

O vereador Marcelo Machado Borges “Borjão” (PR) anunciou que apresentou um Projeto de Lei na Casa, para que os bancos tenham a obrigação de colocar vigilância 24 horas nos caixas eletrônicas.

João Gilberto Ripposati (PSD) destacou a indignação total com esta corrupção no Brasil, com o desgoverno. “O Brasil precisa buscar novos caminhos, para dar mais dignidade à população”, disse o parlamentar.

Ripposati lembrou que já foram realizados vários debates sobre o tema, inclusive com a Assembléia Legislativa (Alemg), e entende que é preciso dobrar o número de policiais militares e civis, além de oferecer a manutenção necessária para o trabalho, inclusive o combustível.

“Não tem lógica esta situação, a redução do número de policiais, a penitenciária está superlotada, deputados e senadores não foram capazes de rever as leis. Os infratores são presos e no dia seguinte estão nas ruas. Nossa cobrança enquanto vereador é de que o Estado cumpra seu dever”, disse o vereador.

Ripposati ainda lembrou que é necessário um prazo mínimo de dez a 12 meses para formar novos policiais. “Estamos contra o tempo, é falta de dignidade e respeito com a população”, finalizou.

Para o presidente Dutra, tudo isto é o reflexo da má administração do dinheiro público, pois os governantes que estão levando o país à falência. “Se não mudar, estamos destinados ao fracasso”, concluiu o presidente.

 

 

Jorn. Hedi Lamar Marques

Departamento de Comunicação CMU

14/04/2016

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